Paraibano é apontado como mandante de ataques no Ceará

Um dos fundadores e chefe de uma facção cearense foi identificado na Operação Torre, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Ceará (MPCE). O homem seria o paraibano Ednal Braz da Silva, o ‘Siciliano’, 45 anos, e estava preso no Município de Limoeiro, em Pernambuco. Ele era o último dono de um dos seis anéis templários utilizado pela alta cúpula da organização criminosa Guardiões do Estado (GDE).

Foi através de uma investigação da PF sobre os ataques às torres de transmissão de energia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), localizadas em Fortaleza e Maracanaú, em abril, os líderes da facção que também estariam comandando das ações criminosas que começaram há uma semana foram identificados. O principal alvo foi Ednal Braz, ele era o único dono de um anel templário desconhecido pela Polícia cearense.

Ainda segundo as investigações, era seis anéis para os líderes governarem. Uma estratégia de distinção da alta cúpula da facção cearense. Após a identificação de Enal Braz, todos os seis maiores líderes da organização, donos dos anéis templários, são conhecidos pela Polícia cearense: ‘Siciliano’; ‘Guardião’; Francisco Tiago Alves do Nascimento, o ‘Magão’ ou ‘Juara’; Marcos André Silva Ferreira, o ‘Branquinho’ ou ‘Dedé’; Yago Steferson Alves dos Santos, o ‘Supremo’ ou ‘Gordão’; e Deijair de Souza Silva, o ‘Mestre’ ou ‘De Deus’. Cada joia vale cerca de R$ 7 mil.

“Esse preso do Estado de Pernambuco seria da cúpula da facção. Lá, ele tinha acesso a celular, o qual foi apreendido. E, além das ordens que ele mandou em abril para atacar as torres, ele teria possivelmente emanado as ordens para os ataques no Ceará, agora em setembro”, informou o delegado federal Samuel Elânio, coordenador da Operação.

Segundo apuração, ‘Siciliano’ foi responsável por ataques a instituições financeiras, em vários estados do Nordeste. Ao ser levado para um presídio federal, ele teve contato com Francisco de Assis Fernandes da Silva, o ‘Barrinha’ ou ‘Guardião’, e a dupla decidiu instalar uma facção criminosa no Ceará. Em 2013, o paraibano foi preso, junto ao irmão, por explodir caixas eletrônicos, em Pernambuco. A PF também pediu a transferência de ‘Siciliano’ para um presídio federal.

Os outros donos dos anéis, Francisco de Assis Fernandes da Silva, o ‘Barrinha’ ou ‘Guardião’, e Francisco Tiago Alves do Nascimento, o ‘Magão’ ou ‘Juara’, foram presos em apartamentos de luxo em Recife,no Pernambuco durante abordagens da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em abril deste ano. Com os suspeitos, além de uma arma de fogo, munições, documentos falsos, dezenas de cartões de crédito, veículos foi encontrado dois anéis templários.

A semelhança entre os anéis chamou atenção da Polícia. As investigações revelaram que ‘Barrinha’ encomendou a fabricação dos seis anéis, para os membros da alta cúpula da facção.

Barrinha’ e ‘Magão’ eram os donos das duas joias já encontradas pela Polícia. Outros três anéis templários, que não foram localizados, pertenciam a líderes da facção que já estavam presos: Marcos André Silva Ferreira, o ‘Branquinho’ ou ‘Dedé’; Yago Steferson Alves dos Santos, o ‘Supremo’ ou ‘Gordão’; e Deijair de Souza Silva, o ‘Mestre’ ou ‘De Deus’. A peça restante era de’Siciliano’, o qual os investigadores ainda não tinha identificado.

Informações Diário do Nordeste