A atualização no número de vítimas veio após o efetivo do Corpo de Bombeiros localizar 15 mortos no município de Muçum ao vistoriar residências após o temporal. Até então, haviam sido confirmadas seis mortes no estado.
Em Estrela, um homem de 58 anos morreu, na manhã desta terça, por conta de uma descarga elétrica enquanto ajudava um vizinho a retirar móveis da casa afetada pela enchente.
Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), em Lajeado, uma mulher morreu durante uma tentativa de resgate no rio Taquari. A corda do helicóptero rompeu durante o resgate, fazendo com que a vítima e um policial militar caíssem na água e fossem levados pela correnteza.
O policial foi resgatado e está ferido em estado grave, mas a senhora não resistiu. Na segunda-feira (4), já haviam sido registradas quatro mortes pelas fortes chuvas no estado.
Para além do Rio Grande do Sul, o Corpo de Combeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) confirmou, nesta terça-feira (5), uma vítima no município catarinense de Jupiá, no oeste do estado.
O Corpo de Bombeiros de SC informou à CNN que a equipe da guarnição da cidade de São Lourenço do Oeste foi acionada para atender uma ocorrência de uma árvore de eucalipto que caiu sobre um veículo e matou o condutor. A vítima era um homem adulto, que estava sozinho no carro quando os bombeiros chegaram ao local.
A morte foi constatada por um médico de uma unidade de saúde da cidade e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da região.
Quatro mortes foram confirmadas na segunda-feira no RS
Em Mato Castelhano, uma pessoa morreu ao tentar atravessar uma área inundada pelo transbordamento de um rio, e foi levada pela correnteza.
Em Passo Fundo, um homem morreu eletrocutado no bairro Cruzeiro. Cerca de 20 residências da cidade tiveram o telhado danificado pela chuva com granizo.
Em Ibiraiaras, duas pessoas morreram após ficarem presas dentro de um veículo ao tentarem atravessar área de transbordamento de um rio e serem levadas pela correnteza.
Em entrevista à CNN, a meteorologista da Climatempo Maria Clara Sassaki contou que algumas cidades do Rio Grande do Sul registraram, apenas nessa primeira semana, toda a chuva prevista para o mês de setembro.
“Essa grande quantidade de chuva mantém o alerta ao longo dos próximos dias, mesmo que o tempo esteja mais firme, porque a água demora ainda para escoar. Os rios acabam extravasando, provocando novas enchentes, novos deslizamentos”, explicou.
Ciclone se afasta do Sul
O ciclone extratropical que atingiu a região Sul nos últimos dias se afastou, mas a passagem da frente fria associada a ele provoca uma queda acentuada na temperatura na região Sul nesta terça-feira (5), aponta a Climatempo.
A especialista também adiantou que, com o afastamento do ciclone, o tempo firme volta a predominar no Sul e abre espaço para que o ar polar derrube mais ainda as temperaturas na região. Na região da fronteira com o Uruguai e na Campanha Gaúcha, o risco de geada é acentuado.
“Ao longo do dia, o tempo firme vai voltando para o Rio Grande do Sul e o ar polar toma conta da região Sul do país. Agora a gente tem um risco de geada, com temperaturas muito baixas no decorrer dos próximos dias no Sul do país”, relatou.
G1