Celso de Mello liberou para o procurador-geral da República, Augusto Aras, a delegada Christiane Corrêa e para Sergio Moro o acesso ao vídeo da reunião no Planalto em que Moro afirmou ter sido ameaçado por Bolsonaro, caso não lhe entregasse a Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
Corrêa é a responsável pela investigação que apura se o presidente tentou interferir politicamente na PF.
O objetivo, segundo a decisão de Mello, seria permitir à delegada e a Moro formular perguntas para os interrogatórios dos ministros do Planalto, que ocorrerão na semana que vem.
Também tiveram acesso liberado o advogado-geral da União, José Levi, e o juiz Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho, que auxilia Mello no gabinete.
O próprio chefe de gabinete de Mello, Miguel Piazzi, será responsável por entregar o material à delegada da PF, que deverá comunicar a todos os demais para que assistam na PF, em um “ato único” ao vídeo.
Segundo Moro, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro teria exigido que ele lhe desse a Superintendência da PF no Rio.
Ao fim da decisão, que saiu às 21h55 de hoje, Mello afirma que em breve decidirá sobre a publicidade parcial ou total das imagens.
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