As medidas contra a pandemia da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, bloquearam cerca de 14,5 mil migrantes etíopes no Iêmen. Eles tentavam chegar na Arábia Saudita, segundo informou nesta terça-feira (14) a OIM (Organização Internacional para Migrações).
De acordo com a entidade, o grupo fica exposto a sofrer com detenções arbitrárias, transportes forçados e outros abusos.
Embora as restrições impostas no Iêmen tenha resultado na redução da chegada de migrantes em 90%, aproximadamente, milhares de etíopes estão no território do país, segundo afirmou o porta-voz da OIM, Paul Dillon.
“Durante seis anos, o Iêmen tem sido um lugar extremamente inseguro para um migrante e a covid-19 piorou as coisas”, explicou o representante da organização.
Dillon destacou que muitos iemenitas estão culpando a população que passa pelo país, de serem os responsáveis por trazer o novo coronavírus, o que tem provocado ataques verbais e físicos.
Muitos dos migrantes que foram bloqueados estão dormindo ao ar livre, não contam com atendimento de saúde e água potável, segundo verificou a OIM.
O Iêmen, oficialmente, tem 1.460 casos de infecção pelo novo coronavírus, e 418 mortes por covid-19, embora diversas organizações, inclusive a de migrações, acreditam que os números reais sejam muito mais altos.
Diário da Paraíba com R7