Israel está cada vez mais perto da marca de 2 mil novos casos diários de covid-19, que, se for alcançada, resultará na volta ao isolamento total, alertou nesta quarta-feira (15) o ministro da Saúde, Yuli Edelstein.
“O que mais podemos fazer? Exceto por um milagre no qual vejamos uma redução na taxa de infecção”, disse Edelstein ao jornal “Yediot Ahronot”, enquanto aguarda para avaliar os dados sobre infecções após as novas limitações decididas em reuniões na semana passada.
Na terça-feira (14), Israel fechou o dia com 1.718 novos diagnósticos positivos. Os dados da manhã desta quarta-feira registaram mais de 1.500 infecções e mais quatro mortes (375 no total) nas últimas 24 horas.
O governo já debate alternativas, enquanto a tensão aumenta entre o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu – que é a favor de mais restrições -, e o outro líder, Benny Gantz, que exige planos econômicos paralelos para conter o impacto na sociedade.
Além do número de pessoas infectadas, que duplicou nas últimas duas semanas, Edelstein mostrou preocupação com o aumento dos casos graves, com 195 pacientes internados, dos quais 57 estão ligados a respiradores.
A segunda onda do coronavírus SARS-CoV-2 afetou o país de maneira mais severa. Israel tem atualmente 22.704 casos ativos, de um total de 42.813 infectados desde o início da pandemia, no final de fevereiro. Especialistas advertem que o vírus está fora de controle e recomendam que o governo aja rapidamente com novas restrições.
Netanyahu deverá convocar uma reunião especial do gabinete na quinta-feira para analisar os dados da última semana e aprovar novas medidas ou o retorno ao confinamento.
Diário da Paraíba com R7