Opinião: Em João Pessoa, pré-candidaturas são anunciadas e novas oligarquias surgem na Paraíba

Na arte de fazer política no mundo atual, não existe mais fidelidade e confiança entre os que comandam grupos partidários. Os que conseguiram o poder não querem largar os benefícios e regalias que os cargos públicos no executivo e no legislativo lhe dão. Mesmo sem a legislação eleitoral permitir um terceiro mandato, muitos Brasil à fora tentam emplacar para lhe suceder no cargo figuras mais próximas de sua cozinha, mesmo o indicado ou indicada tendo uma popularidade mínima perante a população, mas o que está em jogo é o poder. Vale tudo, até às vezes acordos escusos, alianças com inimigos políticos que se tornam amigos.

Em uma disputa eleitoral, esses acontecimentos e conchaves são acertados sem o mínimo respeito ao eleitorado. O eleitor que vota, não é provocado para opinar na mente e na arte da política dos que estão no poder querendo se perpetuar e que acham que pode tudo, que conseguirá colocar na mente do povo que vota o convencimento suficiente que é preciso continuar com o mesmo grupo governando. Para ele o eleitor não precisa mudar o jeito de administrar.

Na Paraíba surgem novas oligarquias políticas, deixo de fora a dos “Girassóis” que tem Ricardo Coutinho como líder maior, pois o próprio Ricardo fez interromper a força e a credibilidade deste grupo no estado, em razão de suas ações de corrupções comprovadas em investigações dos poderes de policias e da justiça. Ricardo Coutinho preso, não é mais o mesmo e perdeu o poder de fogo na briga com outras oligarquias paraibanas. Cássio Cunha Lima, vítima de Ricardo, tenta ressurgir das cinzas que restou do fogo inimigo do “grupo girassol”. Zé Maranhão não é mais o mesmo pelo passar do tempo, o desgaste e os erros cometidos por Zé o torna um cacique onde sua oligarquia política anda frágil, restando apenas um grupo para concorrer sem forças para assumir o poder na Paraíba. Zé está em final de carreira, apenas jogando no campo da política e cumprindo o seu final de mandato de senador da República.

Luciano Cartaxo tenta a todo custo se tornar um cacique e manter a sua oligarquia na política paraibana. Está no final de seus dois mandatos como prefeito, e claro, não podemos deixar de reconhecer e destacar seu grande trabalho na Capital, muito embora que João Pessoa é carente de várias ações. A cidade parte para 1 milhão de habitantes e precisa de mais investimentos e ousadia. Cartaxo quer emplacar seu candidato aceitando coligações para a vaga de vice da candidata Edilma Freire, e neste contexto, Cartaxo planeja sua candidatura a governador em 2022.

A família Ribeiro, que surge como uma oligarquia fortíssima na Paraíba, teve sucesso nas vitórias de Daniela Ribeiro para Senadora e do deputado Aguinaldo Ribeiro para deputado Federal em 2018. Fortaleceu o partido Progressista e tem em seus quadros um forte nome em João Pessoa que é Cícero Lucena, atual nome que desponta em todas as pesquisas para ser o prefeito eleito nas eleições de 2020. Só resta a população de João Pessoa e da Paraíba esperar essa corrida e tabuleiro político se desenhar, pois até o dia 31 de agosto muitas águas irão rolar por baixo da ponte e surpresas aparecerão. Nada ainda está definido sobre candidaturas, principalmente na cidade de maior eleitorado que é João Pessoa. O que está rolando é encontros, conversas e acordos visando 2020 e possíveis candidaturas para 2022.

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