Familiares de Margareth Teixeira, de 17 anos, confirmaram que a adolescente morta na terça-feira (13) em Bangu foi atingida por dez disparos. Peritos da Polícia Civil confirmaram que encontraram várias marcas de tiros no corpo da estudante.
Um disparo que atingiu o abdômen foi o que a matou. Ainda de acordo com a perícia, os tiros foram feitos de uma arma de alta capacidade de destruição.
“Minha irmã foi reconhecer o corpo e tem dez furos. Para mim não foi bala perdida, foi bala achada mesmo, para ela ter tomado dez tiros não foi bala perdida”, contou a irmã, Mariana Costa.
Os parentes da vítima passaram a manhã no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, aguardando a liberação do corpo da adolescente, que será enterrado na sexta (16).
Ela morreu na noite de terça na comunidade do Quarenta e Oito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Testemunhas contam que, no momento, havia um confronto entre policiais e traficantes. Margareth estava com o filho de um ano e dez meses no colo no momento em que foi atingida.
O bebê foi atingido de raspão no pé e segue internado no Hospital Albert Schweitzer. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado dele é estável.
“A Margareth era uma menina muito meiga, dócil. Uma menina cheia de sonhos, cheia de futuro, tinha um filho. Ele não consegue dormir, ele fica chorando o tempo todo, assustado, com medo, porque estava junto da mãe”, explicou Taiane Costa, prima de Margareth.
O sonho de Margareth era lutar contra a violência. Os familiares contaram que ela havia pedido à mãe para entrar em um curso preparatório para concursos da Polícia Militar.
Os próximos passos das investigações serão o recolhimento das armas dos policiais para serem submetidas a confronto de balística, assim como as armas dos criminosos mortos.
G1