Corpo de Bombeiros abre inquérito policial e afasta coronel alvo da Operação Backfire

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Marcelo Araújo, determinou abertura de um inquérito policial militar (IPM) para apurar os fatos investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23/08) a Operação Backfire, contra a prática de crime de corrupção na Diretoria de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiro Militar do Estado. O comandante disse ao Portal ClickPB que determinou o afastamento do coronel José Carlos de Souza Nóbrega, acusado de cobrar propina para emissão de laudos contra incêndio.

“Nós vamos fazer a nossa investigação interna, nós vamos afastar o oficial de qualquer tipo de atividade do Corpo de Bombeiros, e está sendo aberto um inquérito que vai ter um prazo de 40 dias para dar uma solução. Durante o período de investigação, ele está afastado”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros.

A ação, nesta manhã, foi executada pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap) e pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), órgãos do MPPB.

Além do coronel Nóbrega, também foi alvo da investigação o engenheiro civil e empresário Diego da Silva Castro, proprietário da DC Engenharia. O coronel acabou sendo preso por porte ilegal de arma. No apartamento dele, localizado no bairro do Altiplano, também foram apreendidos R$ 17 mil em dinheiro.

Porém o coronel Nóbrega pagou fiança e não chegou a ficar preso. Ele foi levado para a delegacia para ser autuado em função de ter sido encontrado a arma em sua casa. Mas não havia mandado de prisão, apenas mandado de busca e apreensão.

De acordo com o coronel Marcelo Araújo, comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Nóbrega, alvo da investigação, foi diretor da Diretoria de Atividades Técnicas entre 2013 e 2018, período que está sendo alvo da investigação.

Os promotores de Justiça investigam indícios de confecção e liberação fraudulenta e ilegal de laudos e projetos de combate a pânico e incêndio, exigidos para autorização de funcionamento de comércio e outras atividades. Para isso, os envolvidos estariam recebendo entre R$ 200 e R$ 20 mil. Ainda de acordo com a investigação, há indícios de participação de empresas e pessoas ligadas à construção civil.

Nesta sexta-feira (23), foram realizadas buscas e apreensões nas residências de dois investigados, também na Diretoria de Atividades Técnicas e no Comando Geral do Corpo de Bombeiros, com o objetivo de apreender documentos que subsidiem a investigação.

O comandante do Corpo de Bombeiros informou que o prazo para concluir o inquérito policial militar é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.

O Corpo de Bombeiros também enviou nota ao Portal ClickPB. Confira:

Diario da Paraiba com Clickpb