O uso do PIX como uma nova forma de pagamento eletrônico ameaça a indústria de cartões, maquininhas e bancos

Pix: como novo meio de pagamento desafia indústria de cartões, maquininhas e grandes bancos | Economia | G1

Criado pelo Banco Central (BC), uma nova forma de pagamento imediato, a qualquer hora do dia, incluindo finais de semana e feriado, usado apenas o celular é uma das funcionalidades do Pix, que será lançado no dia 16 de novembro e o cadastro da chave de acesso começa agora no dia 05 de outubro.

Essa nova plataforma vai permitir ao usuário realizar transferências bancárias, como o TED ou DOC, sem custo algum, já que hoje é cobrado uma taxa de R$ 15 pelo serviço, dependendo do serviço do correntista. A confirmação do pagamento será feita na hora para a conta de quem está recebendo, já que ao contrário do que acontece hoje, as movimentações financeiras das empresas possuem uma restrição de horário de funcionamento dos bancos, além de possuir um prazo de compensação.

Além disso, os pagamentos de boletos bancários que demoram em torno de três dias úteis para ser creditado, pela plataforma da Pix o pagamento cairá de forma instantânea.

O intuito dessa nova forma de pagamento vai muito além da isenção dos custos de transferências, porém um dos principais objetivos seria a substituição de boletos bancários e as possíveis mudanças no comportamento do consumidor quanto a compras no boleto, no débito ou dinheiro. Com a Pix, quando o cliente fizer uma compra pela internet, para efetuar o pagamento só será necessário abrir o app e ler o QR code, e as compras a dinheiro ou débito seguem a mesma lógica.

No entanto, as empresas ou pessoas jurídicas o uso desse procedimento terá um custo, mais não muito alto em comparação aos que já são utilizados hoje. A cada venda realizada no débito nos estabelecimentos será cobrado um percentual de transação, a chamada “merchant discount rate” (MDR), sendo composta por três tarifas, nas quais são: de intercâmbio, que fica com o banco, a de bandeira, que vai para a bandeira do cartão, como Visa, MasterCard e American Express, e uma terceira, retida pela própria empresa que emite a maquininha.

De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante a abertura do evento virtual Conexão Pix no dia 09 de setembro, declarou  que essa nova forma de pagamento tende a beneficiar  desde o pequeno ao grande negócio, onde por exemplo pode ajudar  na redução de custos operacionais e a necessidade de tomada de crédito pelas empresas.

“A gente parte do princípio de que é uma forma de pagamento instantâneo que tem características importantes que é ser rápido, seguro, transparente, ser barato e gerar competição no mercado. Tem uma outra parte que ela elimina todo um custo operacional que hoje existe nas empresas. É muito custoso no Brasil fazer negócios em termos de custo operacional. Temos a facilidade do recebimento. A eliminação de custo de transporte de numerário”, afirmou.

Outra vantagem apresentado pelo BC sobre os pagamentos instantâneos com o uso do Pix, está na potencialização de competitividade, assim como a eficiência do mercado no aumento da velocidade ao efetuar pagamentos ou transferências .

Luana Santos com Diário da Paraíba