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Aliado de Bolsonaro, Netanyahu é indiciado por crimes de suborno, fraude e quebra de confiança

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel e aliado de Jair Bolsonaro (sem partido), foi indiciado na quinta-feira (21) pelos crimes de suborno, fraude e quebra de confiança pelo procurador-geral do país, Avichai Mandelblit. Netanyahu é o primeiro premiê israelense a ser indiciado no exercício do cargo.

O primeiro-ministro negou irregularidades em três casos de corrupção. Ele não tem obrigação legal de renunciar, depois de ser acusado. Isso só acontecerá se for condenado.

Netanyahu foi à tevê para dizer que o indiciamento equivale a uma tentativa de golpe contra ele e que a investigação foi irregular. “Eles não estavam atrás da verdade, estavam atrás de mim”, declarou. Falou, ainda, em “falsas acusações por motivos políticos”.

Em fevereiro, a polícia já havia recomendado a Mandelblit que fizesse as acusações contra Netanyahu, nas investigações que ficaram conhecidas como “Caso 1000”, “Caso 2000” e “Caso 4000”.

Acusações

Netanyahu é suspeito de aceitar indevidamente US$ 264 mil (R$ 1,1 milhão) em presentes dos magnatas Arnon Milchan, produtor de Hollywood e cidadão isralense, e James Packer, bilionário australiano. Este é o “Caso 1000”.

No “Caso 2000”, a acusação é que Netanyahu negociou um acordo com o proprietário do jornal diário mais vendido de Israel, o “Yedioth Ahronoth”, para obter uma melhor cobertura.

No “Caso 4000”, a acusação ao premiê é de que ele concedeu favores regulatórios à principal empresa de telecomunicações de Israel, a Bezeq Telecom Israel, em troca da cobertura positiva dele e de sua esposa em um site de notícias.

De acordo com o jornal “The Jerusalem Post”, Mandelblit vai solicitar a retirada da imunidade de Netanyahu, o que pode demorar 30 dias.

Diário da Paraíba com Revista Forum

Contato com a Redação: empauta2010@gmail.com

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