Cerca de sete meses após se aposentar, Amanda Nunes não parece estar tão segura de seguir com a decisão. Após o UFC 297, no último sábado, quando Raquel Pennington conquistou o cinturão peso-galo (até 61,2kg), um dos títulos que ficaram vagos com o adeus da brasileira, a baiana não escondeu a mistura de sentimentos que teve no momento da luta e não descartou um possível retorno ao MMA.
Amanda destacou que ama lutar e que segue se sentindo “como uma campeã”. Por outro lado, a brasileira destacou o lado positivo da aposentadoria, já que agora leva o que chamou de “vida normal”.
– Não sei. Nós nunca sabemos. Sou uma lutadora, esse é o meu trabalho. Amo muito isso (lutar), então não sei. Também gosto de não estar todo dia na academia e ter uma vida normal, ficar em casa um pouco, sentir preguiça. Ser preguiçosa como lutadora é muito difícil. Mas ainda estou saudável e poderosa, inteligente e penso como uma campeã. Ainda me sinto como uma campeã, então vamos ver – disse em entrevista ao UFC.
Apesar da mistura de sentimentos, Amanda Nunes não encara a aposentadoria como um erro. A ex-lutadora destacou que conseguiu estar ao lado de Nina Ansaroff Nunes, ex-lutadora e sua esposa, no cuidado das filhas, Raegan e Hazel, e também tem mais flexibilidade para ver amigos e família.
– Acho que tomei a decisão certa ao me aposentar, descansar um pouco. Tomar conta dos bebês. Não podia deixar a Nina sozinha com dois bebês. Eu também curti isso. Seus 20 anos voaram. Tenho 35 anos, agora posso voltar ao Brasil, ficar com amigos e família, aproveitar e ver o que acontece.
Amanda Nunes se despediu do MMA em junho do ano passado, após bater Irene Aldana no UFC 289, em disputa do cinturão peso-galo. Esta foi 11ª vitória em lutas valendo título, igualando Anderson Silva no posto de atleta do Brasil com mais triunfos em disputas decinturão. Em termos globais, apenas Jon Jones (15), Georges St-Pierre (13) e Demetrious Johnson (12) têm números superiores.
Amanda também é a maior vencedora da história do MMA feminino no UFC. Amanda acumula 16 vitórias nas 18 lutas que realizou no Ultimate. Além disso, ela é a única mulher na história que foi campeã em duas categorias diferentes da organização – ela encerrou a carreira como campeã peso-galo e peso-pena. Ao todo, a brasileira conta com um cartel de 23 vitórias e cinco derrotas. A brasileira venceu 13 lutas por nocaute, quatro por finalização e acumula 14 triunfos ainda no primeiro round.
Fonte: Combate