Antônia Fontenelle é indiciada na Lei do Racismo por comentários xenofóbicos a paraibanos

O delegado Marcelo Antas Falcone, da Polícia Civil da Paraíba, indiciou a atriz e youtuber Antônia Fontenelle na Lei do Racismo, após conclusão das investigações sobre comentários xenofóbicos feitos sobre o DJ Ivis, em agosto. O artista apareceu em vídeos agredindo a ex-esposa, Pamela Hollanda, e, nas redes sociais, Fontenelle fez diversos comentários preconceituoso generalizados, direcionados aos paraibanos.

A Lei do Racismo prevê pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa para o crime de preconceito ou discriminação.

Fontenelle comentou os vídeos de agressões contra Pamela afirmando que “Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”. Várias pessoas se manifestaram nas redes sociais acusando a influencer, assim como criticaram a expressão “paraíba” com cunho negativo. Fontenelle voltou a falar sobre o assunto e piorou a situação.

“Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei ‘esses ‘paraíba’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada‘, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, disse a atriz em um vídeo.

A Polícia Civil da Paraíba contou com o apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que cumpriu uma carta precatória para as oitivas da influencer na capital fluminense pela Delegacia de Polícia Civil da Barra da Tijuca. Durante o interrogatório Antônia Fontenelle informou que usou as expressões para se referir ao DJ, mas não pretendia atingir a população da Paraíba ou qualquer nordestino, nem tampouco ofender grupos ou demonstrar superioridade. Afirmou, ainda, que suas palavras foram proferidas no auge de sua indignação.

O procedimento será encaminhado para o setor judiciário, para que o Ministério Público adote as providências cabíveis. A influencer chegou a ajuizar um habeas corpus para impedir a realização das investigações. No entanto, a liminar pedida pelo advogado foi negada pela Justiça.

Portal Paraíba