Sobre o caso:
Kelton Marques faleceu no cruzamento entre a Avenida Flávio Ribeiro Coutinho e a Rua Mirian Barreto Sobrinho, no dia 11 de setembro do ano passado, quando um condutor em alta velocidade passou no sinal vermelho e colidiu na vítima.
Kelton foi atingido pelo carro conduzido por Ruan no Retão de Manaíra, em João Pessoa. O condutor circulava com o veículo a mais de 160km/h.
O suspeito, Ruan Ferreira de Oliveira estava foragido desde o dia 12 de setembro, dia seguinte a colisão. Ele teve mandado de prisão preventiva expedido pela justiça, mas não se apresentou. Sua defesa chegou a pedir a revogação do pedido, mas a solicitação foi negada pela Justiça da Paraíba e pelo Superior Tribunal de Justiça.
O trabalho de bastidores
Segundo a Polícia Civil, em janeiro deste ano, quando o mandado de prisão em desfavor do empresário já havia sido expedido há mais de dois meses, familiares de Ruan iniciaram contatos com o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, para tratarem de uma possível apresentação ‘espontânea’ do foragido à delegacia.
“Foram várias tratativas, inclusive com a participação de representantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público. Foram meses de negociações, de alegações e argumentos, tentando mostrar que passar a vida inteira fugindo da justiça não é a medida mais inteligente a ser adotada”, disse André Rabelo.
O delegado-geral destacou também que o trabalho da Delegacia de Homicídios cumpriu o seu rito normal, identificando o suspeito, realizando os exames periciais pertinentes ao caso, pedindo a prisão do investigado, concluindo o Inquérito Policial e o remetendo à justiça.
Direito ao silêncio
O delegado Miroslav Alencar disse que, ao se apresentar à delegacia na manhã de hoje, Ruan Macário preferiu permanecer em silêncio e que só se manifestaria em juízo, que é um direito garantido a qualquer pessoa presa.
Portal do Litoralpb