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Após audiência de custódia, Justiça decide manter Ruan Macário preso

Ruan Ferreira de Oliveira, conhecido como Ruan Macário, suspeito de matar o motoboy Kelton Marques, em 11 de setembro de 2021, vai permanecer preso no presídio de Catolé do Rocha. A decisão saiu inicio da tarde desta sexta-feira, após o suspeito passar por audiência de custódia. Ele  foi preso na manhã desta sexta-feira (29) após se apresentar na Delegacia de Catolé do Rocha.

Sobre o caso:

Kelton Marques faleceu no cruzamento entre a Avenida Flávio Ribeiro Coutinho e a Rua Mirian Barreto Sobrinho, no dia 11 de setembro do ano passado, quando um condutor em alta velocidade passou no sinal vermelho e colidiu na vítima.

Kelton foi atingido pelo carro conduzido por Ruan no Retão de Manaíra, em João Pessoa. O condutor circulava com o veículo a mais de 160km/h.

O suspeito, Ruan Ferreira de Oliveira estava foragido desde o dia 12 de setembro, dia seguinte a colisão. Ele teve mandado de prisão preventiva expedido pela justiça, mas não se apresentou. Sua defesa chegou a pedir a revogação do pedido, mas a solicitação foi negada pela Justiça da Paraíba e pelo Superior Tribunal de Justiça.

O trabalho de bastidores

Segundo a Polícia Civil, em janeiro deste ano, quando o mandado de prisão em desfavor do empresário já havia sido expedido há mais de dois meses, familiares de Ruan iniciaram contatos com o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, para tratarem de uma possível apresentação ‘espontânea’ do foragido à delegacia.

“Foram várias tratativas, inclusive com a participação de representantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público. Foram meses de negociações, de alegações e argumentos, tentando mostrar que passar a vida inteira fugindo da justiça não é a medida mais inteligente a ser adotada”, disse André Rabelo.

O delegado-geral destacou também que o trabalho da Delegacia de Homicídios cumpriu o seu rito normal, identificando o suspeito, realizando os exames periciais pertinentes ao caso, pedindo a prisão do investigado, concluindo o Inquérito Policial e o remetendo à justiça.

Direito ao silêncio

O delegado Miroslav Alencar disse que, ao se apresentar à delegacia na manhã de hoje, Ruan Macário preferiu permanecer em silêncio e que só se manifestaria em juízo, que é um direito garantido a qualquer pessoa presa.

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