Pouco mais de sete minutos depois de a Justiça ordenar a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), às 16h23, quando a notícia já havia sido publicada em portais de notícias, um assessor de imprensa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) se aproximou dele e lhe mostrou a tela de um celular. O pesselista acompanhava um evento em Goiânia.
Não é possível saber se o telefone exibia a notícia da soltura do adversário de Bolsonaro. Mas, na capital goiana, o político do PSL cancelou uma entrevista que estava anunciada por sua própria equipe de comunicação. Não mencionou a soltura de Lula em seu discurso e evitou a imprensa em eventos dos quais participou na cidade e desistiu de uma entrevista que aconteceria em um dos locais.
Após ver a imagem do celular do assessor de imprensa, ainda durante um discurso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), o presidente cochichou no ouvido com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que estava a seu lado. Na sequência, conversou novamente com o assessor de imprensa que lhe mostrara o telefone celular.
Ao discursar, Bolsonaro tratou da prova do Enem no domingo e da entrega de 214 ônibus escolares para 133 municípios goianos. Ao término do evento, a equipe de comunicação do Planalto chamou os jornalistas para uma entrevista com o presidente. Mas, inesperadamente, a conversa com os repórteres foi cancelada.
Bolsonaro deixou o estacionamento do estádio Serra Dourada, onde participava do evento, e foi até uma casa no Setor Bueno, na capital goiana. Lá, inaugurou o novo escritório político do líder do governo na Câmara, Major Vítor Hugo (PSL-GO). A imprensa não pôde acompanhar o evento.
Ao sair do evento, Bolsonaro tirou várias fotos com apoiadores durante cerca de cinco minutos. Mas não se aproximou da imprensa, que o aguardava a cerca de 50 metros, atrás de uma grade e de seguranças. Dali, foi embora.
As informações são do UOL.