O primeiro-ministro iraquiano demissionário, Adel Abdel Mahdi, pediu ao secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que envie uma delegação para organizar a retirada dos soldados norte-americanos do Iraque. A retirada é uma reivindicação do Parlamento do país.
Depois do ataque feito pelos Estados Unidos, há uma semana em Bagdá, em que morreu o general iraniano Qassem Soleimani e o “número dois” das Forças de Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), Abu Mehdi al-Muhandis, o sentimento antiamericano aumentou no país árabe.
O Parlamento iraquiano aprovou um pedido para a saída dos soldados estrangeiros do Iraque, incluindo os cerca de 5,2 mil norte-americanos. O assunto foi tratado, por telefone, pelo primeiro-ministro iraquiano e o secretário norte-americano nessa quinta-feira (9) à noite.
Ele “pediu que sejam enviados representantes ao Iraque para implementar os mecanismos necessários ao cumprimento da decisão do Parlamento, visando a uma retirada segura das tropas do Iraque”, diz comunicado do gabinete do chefe do governo, cujo substituto ainda não foi nomeado.
“O primeiro-ministro afirmou que as forças norte-americanas entraram no Iraque e os drones [aviões não tripulados] voam em seu espaço aéreo sem permissão das autoridades iraquianas, numa violação dos acordos bilaterais”, acrescenta.
Oficialmente, Washington assegura não ter qualquer plano de retirada, mas uma confusão recente criou a dúvida. Em carta às autoridades em Bagdá, o comando norte-americano no Iraque informou o início da retirada, garantindo depois que se tratava de um “rascunho” enviado por engano.
Diário da Paraíba com Agência Brasil