Bárbara Labres: “Vou pedir para Neymar fazer passinho na hora do gol”

Bárbara Labres já sabe o que vai fazer na tarde deste domingo (23). A DJ, que está lançando Me Ama Mentindo, ficará colada na frente da televisão, vendo a grande final da Champions League 2020, às 16h, entre o Paris Saint-Germain de Neymarseu amigo há muitos anos, e o Bayern de Munique.

“Vou pedir para Neymar fazer passinho na hora do gol”, avisa ela, lembrando que o craque entrou, na partida contra o Atalanta, há algumas semanas, carregando uma caixa de som tocando Hoje é Rave, o que fez a música estourar de vez.

A canção acabou entrando no top viral do Spotfy, bem como no Top 200 e em uma das maiores playlists da plataforma, a Funk Hits. “Ele é um influencer, quantas músicas ouve e escolheu a minha. Não gosto de criar expectativas, mas bem que ele podia fazer um gol e o passinho da música”, brinca a DJ, que já ensinou Neymar a dancinha.

Bárbara já sonhou, ela mesma, ser jogadora profissional e participou do campeonato feminino gaúcho – ela é de Lajeado e foi para Porto Alegre, onde, aos 16 anos, precisou operar os dois joelhos. “Quando voltei, chegou uma época que tive que trabalhar para ganhar dinheiro e me sustentar. E, infelizmente, o futebol feminino não paga tão bem”, conta. Ao mesmo tempo, ela ganhou um curso de DJ e se encontrou ali.

Mas, durante anos, Bárbara não tinha músicas próprias, que são uma novidade recente em sua carreira. “Consegui ficar conhecida só pelos shows mesmo, mas senti que para ser respeitada no meio e valorizada na carreira de DJ, precisa começar a criar. E eu queria ter essa conexão com o público de poder entregar a minha verdade, mas não conseguia focar nisso por causa da rotina”, explica.

A oportunidade de ser dedicar ao trabalho autoral veio “forçada” com a pandemia. Bárbara se viu em casa onde teve o tempo necessário para poder criar e repensar sua forma de chegar ao público. “Não me sentia confortável fazendo vídeo, não entendia que precisava dar entrevista”, confessa ela, que passou a fazer lives e aprendeu a fazer os próprios videoclipes em casa, no Rio.

“Aproveitei esse momento para me valorizar e ter meu repertório. A cada música eu aprendo muito, mas também há mais cobrança e críticas”, pondera ela, que planeja lançar uma canção nova a cada mês e sente muita fala dos shows. “É o que me faz feliz. Achava que 2020 ia ser ‘o’ ano e fiquei bem mal psicologicamente porque sou total do palco. Foi frustrante e ruim para todo mundo”, diz ela, que ainda teve a Covid-19, no final de julho.

Bárbara teve falta de ar, enjoos, dor no corpo. “Parecia que tinha sido atropelado por um caminhão que ainda deu a ré”, lembra, contando que teve medo. “Fiquei mais mal psicologicamente, por que tenho crises de pânico desde muito nova e parece que, com a Covid, isso ficou mais forte. Não era só por causa do medo, era um misto de sentimentos”, analisa. “Graças a Deus não tive nada mais grave.

Mas foi muito ruim e não desejo isso para ninguém”, afirma ela, que teve o coronavírus ao mesmo tempo que a mãe, Liane. “Ela mora no sul e não pudemos ter contato. Minha preocupação foi com ela, que já tem mais idade”, diz.

Recuperada, Bárbara está focada em Me Ama Mentindo, um trap – mistura de funk com rap –  com Pelé Milflows, do 1kilo, e PL, e em seu próximo lançamento, uma parceria com o Sorriso Maroto, chamada Desafio. “Era meu sonho, sou muito fã deles, juntava dinheiro para ver show do Sorriso. Já fiz a música pensando neles, mas era algo muito distante (gravar com o grupo)”, conta. A DJ mandou então a composição para Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso e demorou para ouvir a resposta. “Não tinha coragem, larguei o telefone e só vi o que ele tinha falado três dias depois”, brinca.

Seguida por 2 milhões de internautas, Bárbara ia lançar a parceria, um mix de pagode e funk, antes de Me Ama Mentindo, mas com a mudança de planos devido à Covid, acabou passando o trap na frente. Apesar dos problemas, ela acredita que, em relação à carreira, o saldo é positivo. “Aprendi a me virar muito mais sozinha e usar as coisas negativas a meu favor. Ou eu ficava em casa esperando ou crescia. Consegui me aprofundar na parte da produção e ser mais criativas em todos os aspectos”, diz.

Bárbara, que já namorou com Bianca Andrade e Gabriela Versiani, está, como ela diz, “em uma fase boa de querer ficar comigo” e que não é “da pegação”. Ela reclama que as pessoas vêm maldade em sua amizade com Neymar. “Nem posto com meus amigos conhecidos porque as pessoas ‘maliciam’ muito. Elas acham que não pode existir amizade entre homem e mulher sem malicia”, desabafa.

Amiga de Neymar há cinco anos, ela diz que admira o craque. “Ele é um cara incrível, simples, se dá bem com tudo mundo. Toda vez que ele está no Brasil a gente se encontra”, conta ela, que chama o ídolo de Jr. e já jogou futevôlei com ele em times separados – futebol só no mesmo time (“não teria coragem de dividir uma bola com ele”). “Eu sou a parça”, brinca, avisando que vai mandar um WhatsApp para Neymar antes do jogo.

“Vou dizer ‘não esquece de mim’”, brinca. “Ele tinha me mandado mensagem falando que ia fazer fazer o passinho quando fizesse gol, mas acabou divulgando minha música. Quem sabe faz uns quatro no jogo?”, aposta.

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