O presidente Jair Bolsonaro se reunirá na manhã desta terça-feira (27) com governadores de estados da Amazônia para discutir ações de combate às queimadas na região.
O encontro está marcado para as 10h e ocorrerá no Palácio do Planalto quatro dias depois de o presidente ter assinado um decreto autorizando o envio de tropas das Forças Armadas à Amazônia.
A Amazônia Legal é composta por nove estados e todos pediram ao governo federal a atuação dos militares. Já pediram o envio das tropas:
- Acre
- Amapá
- Amazonas
- Pará
- Rondônia
- Roraima
- Tocantins
- Mato Grosso
- Maranhão
No último sábado (24), os governadores do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal divulgaram um documento no qual pediram a cooperação do governo federal no combate às queimadas.
“Solicitamos à vossa excelência imediatas providências no sentido de viabilizar a cooperação das estruturas dos estados da Amazônia Legal e as do governo federal no emprego específico de combate a focos de incêndio na floresta amazônica do Estado brasileiro, com apoio material para enfrentamento efetivo ao desmatamento e incremento às ações de fiscalização de atividades legais”, afirma o documento.
Nesta segunda-feira (26), Bolsonaro se reuniu com ministros para discutir as queimadas e, após o encontro, Fernando Azevedo e Silva (Defesa) disse que a situação está “sob controle“.
Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, há “suspeita de ação orquestrada” nas queimadas na Amazônia. Além disso, a Polícia Federal decidiu investigar se houve ação criminosa na região.
Bolsonaro tem dito, sem apresentar provas, que integrantes de organizações não governamentais (ONGs) podem estar envolvidos. Para ambientalistas, porém, esse tipo de declaração é “irresponsável“.
Em uma rede social, Bolsonaro informou que pretende transmitir ao vivo a reunião desta terça com os governadores. Segundo ele, será dita “a verdade sobre o que os outros querem com essa rica região”.
O crescimento das queimadas e as declarações recentes do presidente têm repercutido internacionalmente.
O presidente da França, Emmanuel Macron, por exemplo, tem feito críticas públicas a Bolsonaro ao tratar do assunto. O francês até diz que Bolsonaro mentiu sobre a preocupação com a questão ambiental.
Bolsonaro, por sua vez, critica Macron e diz que há uma tentativa internacional de interferir na soberania do Brasil.
Bolsonaro informou nesta segunda que discutiu com o presidente da Colômbia, Iván Duque, um “plano conjunto” entre os países com territórios cobertos pela floresta amazônica para garantir a “soberania e riquezas naturais” da região.
Duque abordou o tema no domingo, quando anunciou que levará à Organização das Nações Unidos (ONU) uma proposta de pacto regional de conservação da floresta.
G1