O Brasil conquistou nesta sexta-feira uma vaga nas semifinais do vôlei feminino nos Jogos Pan-Americanos. A classificação veio diante dos Estados Unidos em 3 sets a 0, parciais 25/21, 25/22 e 25/17. Com uma vitória e uma derrota na fase de grupos diante de Porto Rico e Argentina, respectivamente, o confronto contra as americanas valia a sobrevivência nos Jogos de Lima, no Peru. E, com emoção, o Brasil não só superou os Estados Unidos, mas, consequentemente, também eliminou as atuais campeãs do Pan.
Com a derrota para o Brasil, os Estados Unidos acabaram na terceira posição do grupo. Como avançam para as semifinais apenas os dois melhores dos grupos A e B, as americanas estão fora das finais da modalidade pela quarta vez em 17 edições de Pan. Além das brasileiras, a Argentina também avançou no grupo B. Pelo grupo A, a última rodada ainda não foi encerrada. Com as vagas ainda em aberto, se enfrentam ainda nesta sexta Colômbia contra Canadá e Peru contra República Dominicana.
Lembrando que no Pan a contagem dos pontos é diferente na tabela de classificação. Na fase de grupos somou cinco pontos por jogo a seleção que venceu por 3 sets a 0. Nos outros casos, cada país teve pontuação correspondente ao número de sets que ganhou nos confrontos. Por exemplo, em vitória por 3 sets a 2, a seleção que venceu somou três pontos, e a que perdeu levou 2. Com esse formato, a disputa por cada set só aumentou a pressão para cima das equipes.
O Brasil começou melhor o jogo, abrindo dois pontos e já impondo respeito ao atual campeão do Pan, que, inclusive, venceu as brasileiras na final de 2015. No 1 a 0 a levantadora Macris marcou um ace e, Mara bloqueou o ataque americano na sequência. Ao longo do primeiro set, o equilíbrio imperou entre os dois times.
O Brasil, no entanto, esteve a frente quase toda a parcial. Abriu 8 a 4, viu as americanas encostarem e depois virarem só no 11 a 10. Ponto a ponto o set foi sendo disputado. Porém, na reta final brilhou a precisão do levantamento de Macris e do ataque de Lara. As brasileiras abriram vantagem de quatro pontos e fecharam o set em 25 a 21.
Na segunda parcial, novo equilíbrio entre os dois times. E a vitalidade da equipe do Brasil, que tem média de só 24 anos no Pan (uma mistura do time que conquistou a vaga para Tóquio no pré-olímpico com atletas da nova geração), voltou a superar as americanas. Paula, como nos outros jogos da fase de grupos, entrou vibrante e ajudou na virada de bola do Brasil. Lorenne, que também foi destaque nos primeiros jogos, voltou a brilha. Na força ou na largadinha, ela fechou o segundo set com 18 pontos marcados.
Também destaque no segundo set, só que nesse caso negativo, foi a americana Kingdon, que sentiu a pressão nos pontos finais e entregou/errou duas bolas decisivas na reta final da parcial, que assim terminou 25 a 22.
O terceiro set se apresentou como o mais difícil do jogo, com os Estados Unidos a frente nos pontos iniciais. Mas com a queda de rendimento da até então destaque da equipe americana, Krystal Rivers, a previsão se inverteu, e o Brasil cresceu do meio do terceiro set em diante. O país abriu 14 a 10 e depois administrou, e ampliou, a vantagem. O terceiro set terminou 25 a 17.
Globo Esporte