O Brasil tem 1.128 casos confirmados de novo coronavírus e 18 mortes, disse o Ministério da Saúde neste sábado (21). A taxa de mortalidade é de 1,6%.
A maioria dos casos, 459, está no estado de São Paulo, onde também foi registrado o maior número de mortes até agora: 15. As outras 3 foram no estado do Rio de Janeiro.
Roraima é o único estado que não teve casos confirmados até a tarde deste sábado.
“Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil.”
Até então, somente pacientes com sintomas graves eram testados. O ministério informou que todos os 1.128 casos foram confirmados por testes laboratoriais. Foram distribuídos, até agora 27 mil testes para todo o Brasil, mas não há informação sobre o número de testes realizados.
Também não há um número de pessoas internadas com a doença. Oliveira disse que esse dado será informado na próxima entrevista do ministério, neste domingo (22).
O secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, afirmou que o governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão já é comunitária, quando não é possível saber de quem a pessoa contraiu o vírus.
“Com a transmissão comunitária, qualquer brasileiro que apresentar síndrome gripal poderá ser considerado um caso suspeito”, afirmou Gabbardo.
A plataforma que exibe os dados do Ministério da Saúde sobre a epidemia, que está fora do ar, será retomada na próxima quinta-feira (26) “com mais funcionalidades e informações” do que antes, disse Oliveira.
Os representantes do governo também comentaram sobre os limites do isolamento voluntário. Eles explicaram que é possível sair para caminhar ou correr, ou andar com o cachorro, desde que não seja em grupo ou em local com muitas pessoas.
“Se a pessoa aperta o botão do elevador e ele vier com 4 ou 5 pessoas, ela aguarda, não entra no elevador, espera uma próxima oportunidade”, aconselhou Gabbardo.
“É este tipo de situação que tem que prever. Não é o fato de descer para fazer uma caminhada, é a possibilidade de que, para fazer isso, ela encontre num ambiente fechado um número de pessoas em que uma delas pode estar gripada, ou assintomática, aquele ambiente vai ficar contaminado.”
Diário da Paraíba com G1