Brasil tem 38.497 mortes por coronavírus, revela consórcio de veículos de imprensa; são 1.185 nas últimas 24 horas
O Brasil teve 1.185 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, já são 38.497 óbitos pela Covid-19 no país até esta terça-feira (9).
Veja os dados, consolidados às 20h:
- 38.497 mortes – eram 37.312 até as 20h de segunda-feira (8), uma diferença de 1.185 óbitos
- 742.084 casos confirmados; eram 710.887 até a noite de segunda
Apenas Mato Grosso não divulgou os dados a tempo do balanço.
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e veículos de imprensa, elogiaram a iniciativa.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
Mato Grosso foi o único estado que não enviou os dados a tempo de o balanço ser fechado. Após a divulgação, o estado confirmou 9 novas mortes e 96 novos casos. Os dados entrarão no próximo balanço.
Das 20 cidades com maior mortalidade no Brasil, 12 estão no Amazonas e só quatro fora da Região Norte. No ranking, aparecem cinco capitais, nesta ordem: Belém (2°), Fortaleza (5°), Recife (7°), Manaus (14°) e Rio de Janeiro (15°).
Taxa de ocupação de leitos de UTI
- Acre – 77% em todo o estado em 9/6
- Alagoas – 79% em todo o estado 9/6
- Amapá – 98,73% em todo o estado em 9/6
- Amazonas – 66% em todo o estado em 9/6
- Bahia – 71% em todo o estado em 5/6
- Ceará – 77,5% em todo o estado em 9/6
- Distrito Federal – 69,5% na rede privada e 42,24% na rede pública em 29/5
- Espírito Santo – 85,14% em todo o estado em 4/6
- Goiás – 63,5% dos leitos de gestão estadual em todo o estado em 9/6
- Maranhão –87,92 em todo o estado em 9/6
- Mato Grosso – 37,6% em todo o estado em 5/6
- Mato Grosso do Sul – 8,8% em todo o estado em 8/6
- Minas Gerais – 72% em todo o estado em 9/6
- Pará – 69% em todo o estado em 9/6
- Paraíba – 68% em todo o estado em 9/6
- Paraná – 48% em todo o estado em 9/6
- Pernambuco – 75% em todo o estado em 9/6
- Piauí – 60,5% em todo o estado em 9/6
- Rio de Janeiro – 84% na rede pública e 71% na rede privada em todo o estado em 5/6
- Rio Grande do Norte – 83% na rede pública e 63% na rede privada em todo o estado em 9/6
- Rio Grande do Sul – 72,5% em todo o estado em 9/6
- Rondônia – 77,9% em todo o estado em 3/6
- Santa Catarina – 62,2% do sistema público em todo o estado em 9/6
- São Paulo – 62,2% em todo o estado em 9/6
- Sergipe – 58,9% na rede pública e 96,3% na rede privada em todo o estado em 9/6
- Tocantins – 60% dos leitos ocupados em 3/6
Roraima não divulga a lotação dos leitos de UTI do estado.
Testes feitos pelos estados
Número de testes de coronavírus feitos pelos estados
Estado | Nº de testes | Data de divulgação |
Acre | 18.252 | 8/6 |
Alagoas | 18.048 | 1º/6 |
Amapá | 21.241 | 3/6 |
Amazonas | 6.183 | 27/4 |
Bahia | 39.949 | 21/5 |
Ceará | 152.057 | 8/6 |
Distrito Federal | 141.344 | 29/5 |
Espírito Santo | 56.831 | 5/6 |
Goiás | 12.925 | 30/5 |
Maranhão | 66.717 | 3/6 |
Mato Grosso | 8.253 | 3/6 |
Mato Grosso do Sul | 14.806 | 8/6 |
Minas Gerais | 25.280 | 5/6 |
Pará | 54.311 | 3/6 |
Paraíba | 60.022 | 5/6 |
Paraná | 26.063 | 25/5 |
Pernambuco | 50.392 | 28/5 |
Piauí | 43.109 | 3/6 |
Rio de Janeiro | 25.308 | 4/6 |
Rio Grande do Norte | 25.465 | 5/6 |
Rio Grande do Sul | 12.508 | 26/5 |
Rondônia | 18.891 | 3/6 |
Roraima | 718 | 23/4 |
Santa Catarina | 33.000 | 4/6 |
São Paulo | 87.463 | 27/5 |
Sergipe | 20.702 | 2/6 |
Tocantins | 7.095 | 25/5 |
Total | 990.351 |
Rio de Janeiro não divulga o número de testes.
Pacientes recuperados
Pacientes recuperados de Covid-19 nos estados
Estados | Nº de pacientes recuperados | Data de divulgação |
Acre | 4.133 | 8/6 |
Alagoas | 8.461 | 5/6 |
Amapá | 6.148 | 8/6 |
Amazonas | 34.583 | 2/6 |
Bahia | 11.464 | 5/6 |
Ceará | 46.515 | 8/6 |
Distrito Federal | 7.336 | 5/6 |
Espírito Santo | 9.919 | 5/6 |
Goiás | 738 | 26/5 |
Maranhão | 23.272 | 8/6 |
Mato Grosso | 1.145 | 5/6 |
Mato Grosso do Sul | 1.190 | 7/6 |
Minas Gerais | 6.857 | 8/6 |
Pará | 44.244 | 8/6 |
Paraíba | 3.945 | 5/6 |
Paraná | 2.267 | 4/6 |
Pernambuco | 20.375 | 4/6 |
Piauí | 456 | 29/5 |
Rio de Janeiro | 41.838 | 2/6 |
Rio Grande do Norte | 8.391 | 8/6 |
Rio Grande do Sul | 8.391 | 5/6 |
Rondônia | 2.600 | 3/6 |
Roraima | 1.230 | 6/6 |
Santa Catarina | 6.442 | 4/6 |
São Paulo | 24.616 | 5/6 |
Sergipe | 2.999 | 2/6 |
Tocantins | 2.634 | 8/6 |
Total | 325.602 |
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde também divulgou dados nesta terça-feira (9). Segundo a pasta, houve 1.272 novos óbitos e 32.091 novos casos, somando 38.406 mortes e 739.503 casos desde o começo da pandemia.
A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação – que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril) – passou para as 19h; depois, mudou para as 22h.
Isso dificulta ou inviabiliza a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da última quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo.
Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.
Neste domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
G1