Chanceler de Bolsonaro aceita ajuda de 10 milhões de libras do Reino Unido para a Amazônia

O Itamaraty aceitou, na noite desta terça-feira (27), ajuda de 10 milhões de libras, cerca de R$ 50 milhões, oferecida pelo Reino Unido para o combate aos incêndios na Amazônia. A informação é do site G1.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a oferta foi feita pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante uma conversa por telefone com o responsável pela pasta, Ernesto Araújo. Na ligação, o chanceler brasileiro informou que aceitaria a doação.

Os países do G7, do qual o Reino Unido faz parte, haviam oferecido a ajuda de US$ 20 milhões, equivalente a R$ 83 milhões. No entanto, não ficou claro se trata-se de uma doação individual ou se terá algum impacto na oferta feita pelo grupo, de modo coletivo.

Opiniões contraditórias

Nesta segunda-feira (27), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e a assessoria de imprensa do Planalto afirmaram que o governo não aceitaria o dinheiro.

Já nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro declarou que reconsideraria a ajuda caso o presidente da França, Emmanuel Macron, retirasse “insultos” contra ele. Depois, ao ser questionado pela imprensa, desconversou: “Eu falei isso? Eu falei? O presidente Bolsonaro falou?”, perguntou.

No entanto, à noite, o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros afirmou que a condição para receber o auxílio externo era a de que o Brasil tivesse “governança total” e escolhesse “onde e como aplicar o dinheiro”.

“O governo brasileiro está aberto a receber suporte financeiro de organizações e países. O ponto essencial (para aceitar a ajuda) é que este dinheiro terá governança total do povo brasileiro”, pontuou. “Se o G7 oferecer a ajuda como organismo internacional, e o Brasil entender que é possível acatar, será acatado”, reforçou.

JovemPan