Pesquisadores da University College London, com base em um estudo desenvolvido para identificar os sintomas específicos capazes de diagnosticar casos de infecção, apontam que a ausência de sensibilidade do olfato ou paladar podem ser indício chaves do coronavírus. A pesquisa, divulgado nesta sexta-feira (2), foi publicada na revista Plos Medicine.
O estudo sobre os indicativos característicos da covid-19, foi desenvolvido a partir da avaliação da manifestação dos anticorpos do vírus em 590 voluntários que apresentaram os sintomas desencadeadores da ausência do paladar e do olfato. Destes, 567 foram testados para anticorpos, com 442 resultados positivos.
Os pesquisadores sinalizam também, que em comparação aos pacientes que perderam o paladar, existe probabilidade três vezes maior de resistência ao vírus nos pacientes que obtiveram perda do olfato. Com isso, os especialistas destacam que esse indício deve ser levado em consideração efetivamente na realização dos testes.
De acordo com Rachel Batterham, líder da pesquisa, determinar a perda aguda do olfato e/ou do paladar como indicativos chaves da covid-19, pode ajudar a conter a propagação do vírus no mundo. Pois, o diagnóstico baseado nesses sintomas possibilita tratar o vírus ainda em estágio precoce, evitando, consequentemente, agravamento e proliferação da doença.
“Nossas descobertas sugerem que, as pessoas ao percebem uma perda em sua capacidade de perceber odores domésticos como alho, café e perfumes, devem se auto isolar e passar por testes PCR. A perda do olfato deve ser reconhecida globalmente pelos formuladores de políticas como um sintoma chave da covid”, informou a pesquisadora.
Letícia Nunes com Diário da Paraíba