Na manhã desta 2ª feira (14.ago.2023), Dallagnol disse em seu perfil no Twitter que o petista saiu da prisão e chegou novamente à Presidência para “mostrar seu verdadeiro caráter e intenções“. No mesmo post, ele perguntou aos seus seguidores: “Qual fala de Lula foi a pior na sua opinião?“.
Entre os comentários elencados pelo ex-deputado, estão:
- “foder com o Moro” – em março, Lula falava em entrevista ao site Brasil247 sobre seu período preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Segundo o petista, na época, ele conversava com pessoas no local sobre a intenção retaliar o hoje senador Sergio Moro (União-PR), então juiz da Lava Jato. “De vez em quando um procurador entrava lá de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo bem. Entrava 3 ou 4 procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu foder esse Moro’”;
- democracia é relativa – no final de junho, o presidente disse, em entrevista à Rádio Gaúcha, que o conceito de democracia era “relativo” ao ser questionado sobre sua proximidade com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “A Venezuela tem mais eleições do que o Brasil […] O conceito de democracia é relativo para você e para mim”, disse na ocasião;
- gratidão pela escravidão – em julho, ao lado do presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, Lula disse que o Brasil tinha uma “profunda gratidão” pelo que foi produzido pelos negros escravizados ao longo de mais de 3 séculos no país. “Nós brasileiros somos formados pelo povo africano. A nossa cultura, a nossa cor, o nosso tamanho, é resultado da miscigenação de índios, negros e europeus. Temos profunda gratidão ao continente africano por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”, afirmou.
Em março do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) condenou Deltan Dallagnol a indenizar Lula em R$ 75.000 pela apresentação em PowerPoint da Lava Jato.
Em maio deste ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu por unanimidade cassar o registro de candidatura de Dallagnol. A Corte Eleitoral entendeu que ele antecipou sua demissão do cargo de procurador no Paraná para evitar uma punição administrativas do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o que poderia torná-lo inelegível.
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