A Dataprev informou que 14,7 milhões de cadastros para recebimento do auxílio emergencial, realizados entre 23 a 30 de abril, estão na fase final de homologação, e a previsão é que tenham a análise finalizada até hoje. Os resultados serão transmitidos à Caixa também hoje para que os pagamentos sejam processados. Esse número integra os 16,4 milhões de pedidos feitos em abril que ainda estão em análise.
Os brasileiros que deram entrada no auxílio podem acompanhar a solicitação por meio dos endereços virtuais www.cidadania.gov.br/consultaa… e consultaauxilio.dataprev.gov.br.
Integrantes da equipe econômica já admitem, nos bastidores, que o governo pode ser obrigado a prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais para além dos três meses inicialmente previstos. Depois de o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, admitir esta semana que medidas como essa poderiam ter “vindo para ficar”, o Ministério da Economia divulgou nota ontem negando a possibilidade. Fontes do governo, contudo, reconhecem que a pasta está sendo pressionada a estender o benefício e até torná-lo permanente.
Inicialmente, a previsão era prorrogar o auxílio por mais um ou dois meses. Os técnicos ressaltam, porém, que ainda não é o melhor momento de falar publicamente sobre a hipótese. Enquanto isso, a expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro vete a ampliação do auxílio para categorias como cabeleiros e motoristas de aplicativo e rejeite o fim da exigência de o beneficiário não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018. Também faz parte dos estudos internos do governo a possibilidade de criação de uma renda básica para depois do auge da pandemia, mas isso não é consenso no Ministério da Economia. O valor do benefício poderia ser menor que os R$ 600.
Militares na mira
O Ministério da Defesa informou que 73.242 militares das Forças Armadas, incluindo ativos, inativos, de carreira e temporários, pensionistas, dependentes e anistiados receberam indevidamente o auxílio emergencial. Em nota, a pasta informou que os comandos das três Força abriram processo para investigar a participação de cada um de seus integrante em irregularidades e que os valores recebidos de forma indevida serão devolvidos à União. A devolução poderá ser feita com o pedido de estorno do crédito bancário ou pagamento via Guia de Recolhimento da União (GRU). Quem não devolver os recursos será inscrito na Dívida Ativa da União e cobrado compulsoriamente.
Diário da Paraíba com Extra