Eleições Botafogo-PB: Comissão eleitoral impugna 26 dos 49 nomes inscritos na chapa de oposição

Na noite desta sexta-feira (09), a Comissão Eleitoral que está conduzindo os rumos da eleição do Conselho Deliberativo do Botafogo-PB, que acontecerá neste domingo (11), confirmou a impugnação de 26 dos 49 inscritos pela chapa de oposição intitulada “Belo de Verdade”. Além disso, a comissão ainda relatou uma tentativa de manipulação do grupo oposicionista, já que o ex-vice-presidente do clube, Breno Morais, que foi banido do futebol pelo escândalo da Operação Cartola, confirmou em uma ata notarial de notoriedade, que teve acesso ao sistema da empresa Tajja, então responsável por gerir o programa sócio-torcedor do clube.

A chapa de oposição terá apenas 23 postulantes a vagas no Conselho Deliberativo, enquanto o grupo de situação inscreveu 35 nomes. A relação completa com todos os nomes impugnados e registrados nas chapas pode ser encontrada no site oficial do clube.

Vale lembrar que a oposição divulgou na mídia uma suposta lista com 23 nomes que o grupo situacionista teria incluído de forma irregular como sócio contribuinte do clube. No entanto, nenhum dos citados pelo grupo que tenta retomar o poder a todo custo, aparece na chapa “Botafogo para Todos”.

“A chapa de oposição fez alarde na imprensa, tentou colocar a torcida e a opinião pública contra a atual diretoria, mas no fim das contas ficou comprovado que quem cometeu irregularidades foram eles”, declarou o atual presidente executivo do Belo, Orlando Soares.

A Comissão Eleitoral também confirmou que 96 nomes estão aptos a participar da votação deste domingo. O que chamou atenção foi a presença de Breno Morais entre eles. Banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o ex-dirigente, que também é réu em dois processos na 4ª Vara Cível de João Pessoa por envolvimento na Operação Cartola, não deveria ter direito a voto.

Na semana passada, o procurador-geral do STJD, Ronaldo Botelho, afirmou em entrevista ao Blog do Maurílio Júnior, que Breno Morais não pode participar de nenhuma ação administrativa do clube.

“Qualquer dirigente banido do futebol pela Justiça Desportiva não pode participar de qualquer ato administrativo, frequentar a sede administrativa, participar de reuniões. Ele não pode participar de qualquer ato do futebol. Está proibido. Ele não pode praticar nenhum ato relacionado ao futebol, nem estar dentro do clube articulando ou fazendo política para um outro candidato. O dirigente já estando banido já está fora da Justiça Desportiva. Quem pode sofrer a eventual punição é o clube”, disse Botelho.

O procurador-geral do STJD também alertou que, caso seja comprovada a participação de Breno Morais em ações administrativas do clube, o Botafogo pode receber punições, que podem causar até o rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro.

Mas não é bem isso que vem acontecendo. Principal articulador do grupo de oposição, o próprio Breno Morais ‘entregou’ seu envolvimento. Além de conceder entrevistas em nome do grupo, o ex-dirigente confirmou a tentativa numa ata notarial protocolada pelo mesmo no Cartório Carlos Ulysses, no dia 28 de outubro de 2019, em que o ele relata que teve acesso ao sistema da empresa Tajja, responsável por gerenciar o programa sócio-torcedor do clube. A Comissão Eleitoral, inclusive, entendeu o ato como tentativa de manipulação por parte da oposição e impugnou 26 nomes da chapa comandada por Breno.

No pleito deste domingo, marcado para as 8h, no Centro de Treinamento da Maravilha do Contorno, serão eleitos 50 conselheiros que vão se unir aos conselheiros natos (sócios honorários, beneméritos e ex-presidentes da executiva) na nova composição do Conselho Deliberativo. Logo após a definição dos novos conselheiros, eles votarão para escolher o presidente do CD. Sérgio Meia é o candidato pela chapa “Botafogo para Todos”. Ele terá Hebert Levy como vice.

Com informações da assessoria