O presidente Jair Bolsonaroexonerou Luiz Augusto Ferreira do cargo de presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Ministério da Economia.
De acordo com o decreto de Bolsonaro, publicado na edição desta quarta-feira (4) do “Diário Oficial da União”, Igor Nogueira Calvet assumirá o posto com mandato de quatro anos.
Na última segunda (2), Bolsonaro afirmou ter determinado uma apuração sobre declarações de Luiz Augusto Ferreira segundo as quais ele teria recebido “pedidos não republicanos” por parte do secretário especial de Produtividade e Emprego da pasta, Carlos Da Costa.
Ao comentar o episódio, em uma entrevista coletiva, Bolsonaro também disse que um dos dois ou até mesmo os dois poderiam “perder a cabeça”.
A ADBI é ligada ao Ministério da Economia e tem como objetivo melhorar a competitividade da indústria nacional. A escolha e nomeação do cargo de presidente da ABDI são atribuições do presidente da República.
>> Veja abaixo a reprodução do decreto do presidente:
Em entrevista à revista “Veja”, Ferreira afirmou que o secretário Carlos da Costa desejava demiti-lo porque ele não atendeu a “pedidos não republicanos”, sem dar exemplos do que seriam tais solicitações.
Afirmou também que o fato de não ter atendido a esses pedidos gerou “ódio” por parte do secretário de Produtividade.
Diante dessas declarações, o secretário Carlos Da Costa afirmou que “refuta terminantemente ter feito qualquer pedido não republicano”.
Disse, ainda, que iria tomar as providências judiciais a respeito do que chamou de “denúncias infundadas”.
Quando comentou o episódio envolvendo os dois integrantes do governo, Bolsonaro disse que estava “louco” para saber quais eram as acusações do então presidente da ABDI.
Na ocasião, o presidente afirmou ainda que conversaria sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para saber detalhes sobre os pedidos relatados por Luiz Augusto Ferreira.
“Olha, eu tomei conhecimento, estou louco para saber. Já entrei em contato com o Paulo Guedes, eu quero saber que pedido é esse. Um dos dois, no mínimo, né, vai perder a cabeça, um dos dois”, afirmou Bolsonaro na última segunda-feira.
“Não pode ter uma acusação dessas. Daí vão dizer que ele ficou lá porque tem uma bomba embaixo do braço. Não é esse o meu governo. Já determinei para apurar, um dos dois ou os dois perderão a cabeça”, acrescentou o presidente.
G1