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Espanha corta impostos e reduz benefícios de empresas para diminuir preço da energia elétrica

Com o objetivo de frear a alta nos preços de energia no país, o governo da Espanha anunciou uma série de medidas que envolve as empresas e a arrecadação de impostos. A meta é reduzir em 20% o valor da conta de luz até o fim de 2021. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas da Espanha (INE), o valor repassado ao consumidor aumentou 7,8% em agosto, na comparação com julho. O acumulado do ano ultrapassa 30%.

O governo prevê a transformação de 2,5 bilhões de euros de lucros das empresas de energia em descontos nas contas da população. Entre as medidas anunciadas, haverá a redução de 5% para 0,5% de imposto especial sobre a energia, o mínimo permitido pela União Europeia. Além da prorrogação da suspensão de um imposto de 7% sobre a produção de eletricidade até o final do ano. O país deve ainda implementar teto para os preços do gás e cortar “benefícios extraordinários” concedidos às empresas de eletricidade.

De acordo com o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, a pretensão é que as tarifas atinjam valores de 2018, com exceção da inflação. Essas ações atingem os consumidores do “mercado regulado”, que não têm contrato com fornecedores particulares. O cálculo aponta que, na Espanha, cerca de 10 milhões de famílias se encaixam nesse perfil.

Um dos principais motivos para a alta nos preços de energia é o valor elevado do gás natural, usado para alimentar algumas centrais elétricas. Boa parte da eletricidade da Península Ibérica vem de fontes renováveis, no entanto, a região enfrenta uma redução no volume de energia eólica e, com isso, está recorrendo às centrais movidas a gás.

Além da Espanha, outros países também veem um aumento nas contas de luz e estão tomando providências para diminuir o impacto sobre o consumidor. A Itália pretende fazer uma revisão nas contas, a Grécia anuncia subsídios e, em Portugal, o governo prometeu que, em 2022, não haverá altas significativas no preço da eletricidade para os consumidores domésticos.

Segundo a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é necessário que os governos se unam em políticas de proteção ao meio ambiente, já que as mudanças climáticas impactam na crise energética vivenciada pelos países. “A minha mensagem hoje é de que a Europa está pronta para fazer mais. Mas esperamos que os Estados Unidos e os nossos parceiros também aumentem as contribuições”, afirmou durante o discurso do Estado da União Europeia, na última semana.

Globonews 

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