A operação apura suspeitas de irregularidades na compra de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos com recursos desviados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação (MEC). O superfaturamento dos kits teria gerado prejuízo ao erário de pelo menos R$ 8,1 milhões. Procurado, Lira não se manifestou. A reportagem tenta contato com Cavalcante.
O inquérito apontou que os crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2022, durante a realização de processos licitatórios, adesões a Atas de Registro de Preços e celebrações contratuais relacionadas ao fornecimento dos equipamentos. As contratações teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora, através da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e de cerceamento à participação plena de outros licitantes.
A investigação identificou ainda que foram realizadas, pelos sócios da empresa fornecedora e por outros investigados, movimentações financeiras para pessoas físicas e jurídicas sem capacidade econômica e sem pertinência com o ramo de atividade de fornecimento de equipamentos de robótica, o que pode indicar a ocultação e dissimulação de bens, direitos e valores provenientes das atividades ilícitas.
O Globo