A ordem para a PM invadir a penitenciária na Zona Norte da capital paulista foi do tenente-coronel Ubiratan Guimarães, segundo o Ministério Público (MP). O comandante das tropas da Polícia Militar, chegou a ser condenado pela Justiça, em 2001, a 632 anos de prisão pelos assassinatos de 102 presos.
Em 2006, no entanto, Ubiratan se tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado naquele ano pelo Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo, ele foi absolvido. Os magistrados consideraram que o então PM não participou da ação.
Ubiratan foi assassinado em 2006, dentro do seu apartamento. Uma namorada dele foi acusada de envolvimento no crime, mas foi absolvida pela Justiça.
Entre 2013 e 2014, ocorreram mais cinco júris populares, com 74 policiais condenados pelos homicídios de 77 detentos. As penas que eles receberam variam de 48 anos a 624 anos de prisão.
Como cinco dos PMs condenados morreram, 69 agentes terão as penas revisadas pelos desembargadores da 4ª Câmara do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
Atualmente, as defesas dos policiais pedem a redução das penas. Esse recurso estará pronto para ser julgado a partir do dia 14 de outubro no TJ.
A morte de Fleury fez com quem algumas personalidades da política prestassem homenagens a ele. Uma delas foi João Doria, ex-governador de São Paulo.
“Sinto muito a perda do Governador Luiz Fleury. Tivemos sempre uma relação respeitosa e republicana. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares do governador Fleury”, postou Doria no seu Twitter.