Para acompanhar o crescimento nas redes, a então missionária mudou drasticamente a aparência física, desde a cor e corte de cabelo à mudança no estilo de roupa. Além de colocar silicone, Renallida começou a ostentar roupas, jóias, capas de celular, maquiagem, produtos para o cabelo, óculos e bíblia personalizada. Ao passo que se tornava mais conhecida, a pastora virou alvo de críticas de fiéis por supostamente seguir uma vida de ‘influencer’.
“Como é de se esperar, esses pregadores que surfam na onda da ostentação e flertam com a ambição e idolatria dos seus seguidores, costumam trazer uma ministração bastante pirotécnica, com pouco conteúdo, mas abastada em gritos e pulos eufóricos”, disse uma publicação de outubro de 2018 no portal O Fuxico Gospel.
Renallida também se aproximou de personalidades famosas do Brasil. Em 2019, a pastora gerou polêmica ao se hospedar na casa do humorista Carlinhos Maia e seu marido Lucas Guimarães para abençoar o casal. Já em 2020, participou de uma gravação de uma música com a cantora e compositora de forró Márcia Fellipe.
No início deste ano, ao responder um comentário de um seguidor que a chamou de “puta” no Instagram, a pastora chocou fiéis respondendo o insulto com provocação: “você ama tanto a que parece uma puta, que não sai dos stories dela, né? tá se inspirando, amor?”.
Renallida também possui um histórico de desrespeito às normas sanitárias. Em fevereiro, antes da vacinação contra a covid-19 ter início, a pastora promoveu aglomeração na Igreja Evangélica Internacional El Shadday, na zona sul de Recife.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o local lotado, com muitas pessoas sem máscara ou usando o item de proteção de maneira incorreta, sem cobrir o nariz e a boca, para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Renallida chegou a aparecer de mãos dadas com uma mulher da plateia, ambas sem máscara.
Recentemente, Renallida foi acusada de pedir PIX em troca de orações e cobrar por vaga no culto de inauguração da sede da Igreja Pentecostal Templo de Milagres, em Cabedelo. A mais nova polêmica fez com que pastores e fiéis a criticassem por uso da religião para enriquecimento pessoal e foi classificada como ‘estilionatária da fé’ pelo pastor Anderson Silva. Ela disse que vai processá-lo por calúnia e difamação.
A sede, no entanto, não chegou a ser inaugurada devido a uma série de irregularidades constatadas pela Vigilância Sanitária do município, entre elas fiação exposta, extintor vencido, alimentos sem procedência e, mais uma vez, aglomeração.
Após a interdição a pastora realizou o culto a céu aberto na praia de Tambaú, em João Pessoa. A pregação foi transmitida ao vivo nas redes sociais e Renallida chegou a prometer curas milagrosas durante orações e afirmar que os fiéis não “precisam ir ao médico” nem “fazer quimioterapia”.
ClickPB