O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, chamou de “inaceitável” o ato de vândalos bolsonaristas que depredaram e tentaram invadir um prédio da Polícia Federal, em Brasília.
A ação ocorreu na noite desta segunda-feira (12). O grupo jogou pedras contra o prédio, danificou veículos e ateou fogo em ônibus.
A Polícia Militar do Distrito Federal foi chamada e houve confronto. Tiros de borracha e bombas de efeito moral foram lançadas.
O tumulto se espalhou por outras partes da cidade, próximas ao prédio da PF. Os bolsonaristas reclamavam da prisão de um cacique, investigado por atos antidemocráticos e por reunir pessoas para o cometimento de crimes .
“Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política”, afirmou Dino no Twitter.
Dino informou que entrou em contato com o governo do Distrito Federal para conter as “arruaças políticas”.
“Temos dialogado com o GDF, a quem compete a garantia da ordem pública em Brasília, atingida por arruaças políticas. A segurança do presidente Lula está garantida. As medidas de responsabilização jurídica prosseguirão, nos termos da lei”, completou o futuro ministro.
Ao blog da Andreia Sadi, ele afirmou que o governo federal “segue omisso” diante de uma situação “grave e absurda”.
Mais repercussão
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado
“Absurdos os atos de vandalismo registrados nesta noite, em Brasília, feitos por uma minoria raivosa. A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou.”
“As forças públicas de segurança devem agir para reprimir a violência injustificada com intuito de restabelecer a ordem e a tranquilidade de que todos nós precisamos para levar o país adiante.”
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador
“Não é manifestação democrática, não é um ato de pessoas de bem. O que Brasília está presenciando hoje são ações criminosas de quem não aceita a democracia. Todos devem ser responsabilizados, inclusive a influência de Bolsonaro e sua esposa pelo estímulo aos golpistas!”, afirmou o senador.
Anderson Torres, ministro da Justiça
“Desde o início das manifestações em Brasília, o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, manteve estreito contato com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal e com o governo do Distrito Federal , a fim de conter a violência, e restabelecer a ordem. Tudo será apurado e esclarecido. Situação normalizando no momento.”
Joice Hasselmann (PSDB-SP), deputada
“Bolsonaristas agem como terroristas em Brasília.Os radicais da extrema-direita fazem tudo o que antes criticavam.”
Marcelo Freixo (PSB-RJ), deputado federal
“Terroristas bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília e agora estão incendiando carros. Esses golpistas têm que ser chamados pelo que são: criminosos que precisam ser punidos com todo rigor da lei.”
Ivan Valente (PSOL-SP), deputado federal
“Grupo de bolsonaristas tentou, há pouco, invadir a sede da PF em Brasília para libertar um fascista preso. Botaram fogo em carros e ônibus, aterrorizando a cidade. Vamos dizer em alto e bom som: Não nos intimidam, cadeia para os golpistas!”
Alexandre Frota, deputado federal (PROS-SP)
“Caos total, manifestação antidemocrática, ato criminoso. Brasília está assistindo a ações contra a democracia. Bolsonaro é culpado de favorecer esses covardes golpistas!”
André Janones (Avante-MG), deputado federal
“Bolsonaristas incendeiam carros, ônibus e criam um verdadeiro clima de guerra em Brasília, colocando em risco a vida de polícias federais e civis na região do Brasília Shopping.”
Maria do Rosário (PT-RS), deputada
“A extrema-direita bolsonarista ultrapassou faz tempo o limite da política. Política é feita com ideias. O que acontece essa noite em Brasília são atos terroristas organizados. Inaceitável. A escalada da violência tem q acabar ja pela união de todas as instituições.”
g1 – Brasília