Até onde se sabe, o plano do governo federal deve considerar medidas de estímulo para toda a cadeia industrial. Por isso, a ação terá foco apenas nas montadoras. Além disso, outras medidas como novas linhas de crédito para o setor manufatureiro, redução de impostos e a exigência de aumento do uso de componentes fabricados localmente. Por fim, há outra medida que incide sobre os programas de financiamento de automóveis.
Observando o cenário da indústria automotiva, há indícios de conversas diretas com montadoras, sem um intermediário da associação que reúne fabricantes que atuam no país. Isso porque as novas diretrizes passam por decisões individuais de cada empresa.
Note-se que todas as medidas discutidas incidem sobre os chamados carros de entrada. Atualmente, varia entre R$ 70 mil e R$ 80 mil. Na prática, o que precisa ser mudado não são os modelos de carros, mas o número de equipamentos disponíveis na fábrica. Dessa forma, espera-se que os formulários de entrada 1.0 fiquem no patamar entre R$ 50 e R$ 60.
Ao contrário do que foi previsto no início das negociações, o foco atual está na busca de soluções para valores baixos e não no uso exclusivo do etanol para que as montadoras possam acessar mais incentivos.
Por fim, integrantes do ministério também afirmam que há interesse em reduzir a preguiça do setor. Hoje, a região opera com 47% de ociosidade ante uma capacidade de produção de 4,5 milhões de veículos por ano. Para isso, está sendo avaliada a expansão do programa Renovar, atualmente disponível para caminhões. Na prática, também incluirá carros, incentivando a troca de veículos com mais de 10 anos e a reciclagem desses carros mais antigos.
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