O governo da Grécia anunciou nesta quarta-feira (2) o registro do primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no campo de refugiados de Moria, na ilha de Lesbos, onde quase 13 mil pessoas vivem em instalações com capacidade para 3 mil.
De acordo com as autoridades, um homem, cidadão da Somália, de 40 anos, apresentou resultado positivo para o patógeno que provoca a covid-19, em teste realizado ontem à noite.
Segundo a imprensa local, o infectado tem outros problemas de saúde prévios e apresentava sintomas. Depois da confirmação do contágio pelo novo coronavírus, ele foi transferido para o hospital de Mitilene.
O campo de Moria foi submetido a quarentena de 14 dias pelo governo grego. Equipes da Organização Nacional de Saúde Pública do país se deslocaram para o local, onde começarão o rastreamento de contatos do somaliano.
O homem, que é o primeiro infectado confirmado no local, obteve status de refugiado em janeiro e, no mês passado, chegou a se mudar para Atenas, em busca de trabalho. Como não conseguiu ser empregado, retornou para a ilha de Lesbos.
De acordo com a imprensa local, o somaliano vivia em uma barraca, no campo exterior de Moria, que conta com uma parte organizada e uma, maior, repleta de moradias improvisadas.
As autoridades ainda não sabem se a infecção aconteceu no acampamento ou em Atenas. Os veículos de comunicação destacam que os pontos de controle do local não estão operando desde segunda-feira, devido o fim do contrato com a equipe que atuava ali.
Até hoje, a ilha de Lesbos só tinha registrado casos entre migrantes e refugiados recém-chegados na região costeira, que primeiro eram colocados em quarentena, para depois serem transferidos para o campo de Moria.
Diário da Paraíba com R7