Homem é preso por raspar a cabeça da esposa após ela se recusar a dançar para ele e amigos

Um homem foi preso por violência doméstica ao torturar e raspar a cabeça de sua esposa, porque ela se recusou a dançar para ele e seus amigos.

O incidente perturbador chamou a atenção das autoridades depois que a mulher, coberta de hematomas, apareceu em um vídeo nas mídias sociais, identificando-se como Asma Aziz e implorando ajuda ao público.

“Meu marido trouxe dois de seus amigos para nossa casa e me pediu para beber álcool e dançar para eles. Quando recusei, meu marido, Faisal, amarrou meus pés e começou a me torturar”, conta a mulher no vídeo.

Asma é de Lahore, no nordeste da província de Punjab, no Paquistão, e diz no vídeo que seu marido, Mian Faisal, e seus colegas ficaram furiosos quando ela se recusou a dançar para eles.
Ela alega que eles a humilharam, removendo todas as suas roupas e raspando sua cabeça, depois usaram tubos de ferro para bater nela.

Ele tirou minhas roupas na frente de seus amigos”, conta. “Os amigos me seguraram quando ele raspou minha cabeça e queimou. Minhas roupas estavam sangrentas. Eu estava presa em um cachimbo pendurado no ventilador. Ele ameaçou me enforcar”, continua a vítima no vídeo.

Asma diz que, embora Faisal tenha sido gentil e amoroso quando se casou, há quatro anos, depois de apenas seis meses ela percebeu que seu comportamento começava a mudar. A mãe de três filhos diz que ele começou a espancá-la, particularmente depois de beber álcool; e muitas vezes convidava seus amigos vulgares para festas em sua casa.

Na filmagem, divulgada na quarta-feira, Asma detalha como ela escapou de casa no dia seguinte ao ataque e conseguiu chegar a uma delegacia de polícia.

Mas ela diz que os oficiais se recusaram a registrar seu caso, porque ela não podia pagar um suborno.

Ela alega ainda que eles se recusaram a conceder-lhe acesso a tratamento médico, insistindo que ela os pagasse primeiro.

A polícia exigiu dinheiro para exame médico. Eu não tinha dinheiro para pagá-los”, disse ela.

A vítima disse que achava que sua única opção era pedir ajuda ao público, já que seus pais estão mortos e ela não tem mais ninguém a quem recorrer.

Depois de ver o vídeo, Shireen Mazari, o ministro de Direitos Humanos do gabinete do primeiro-ministro Imran Khan, escreveu no Twitter que seu escritório havia tomado conhecimento e ordenado a prisão de dois homens e o marido de Asma.