Homem mata ex-mulher, sogra e cunhada na frente dos filhos

A Espanha ficou comovida nesta segunda-feira com o triplo assassinato cometido supostamente por um homem que matou a tiros sua ex-mulher, a ex-cunhada e a ex-sogra na frente dos filhos, segundo fontes oficiais.

O feminicídio ocorreu em Valga, uma cidade da Galícia, Noroeste da Espanha, nas proximidades de Santiago de Compostela.

O suspeito, de 44 anos e identificado pela imprensa espanhola como José Luis Abet Lafuente, estava em processo de divórcio. E, segundo o delegado Javier Losada, não havia nenhuma queixa prévia contra o criminoso.

De acordo com as autoridades, o homem se aproximou da ex-mulher quando ela estava prestes a levar os dois filhos à escola de carro e atirou. Em seguida, disparou contra a ex-sogra e a ex-cunhada, que haviam “saído de casa ao ouvirem os gritos”, contou uma fonte policial.

A mulher tinha 39 anos; a irmã; 27; e a mãe, 59. Os três crimes foram testemunhados pelos filhos do casal, com idades entre 4 e 7 anos, infromou o delegado, acrescentando que o suspeito inicialmente fugiu da cena do crime, mas que depois se entregou às autoridades.

O feminicídio triplo desencadeou uma onda de discussões, em um país onde a luta contra a violência de gênero é uma questão de Estado desde 2004.

— Horrível. Três mulheres da mesma família assassinadas em Pontevedra, vítimas de #ViolênciadeGênero. Um abraço e todo o meu amor por seus entes queridos. Não vamos parar até que o machismo criminoso que mata mulheres termine — disse o primeiro-ministro Pedro Sánchez.

— Horrorizada e indignada com o assassinato brutal machista ocorrido em #Pontevedra, chegando a 1.016 o número de mulheres vítimas de #ViolênciadeGênero desde que esses crimes começaram a ser assim contabilizados, ou seja, desde 1º de janeiro de 2003 — afirmou a vice-presidente Carmen Calvo.

Neste ano, 41 mulheres foram assassinadas na Espanha por seus parceiros ou ex-parceiros, de acordo com dados do governo que não incluem a ex-sogra ou a ex-cunhada do caso ocorrido na Galícia. Em 2018, 48 mulheres foram mortas.