Depois cinco meses de quedas consecutivas, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), teve um aumento de 1,3% neste mês de setembro, e subiu 67,6 pontos.
No entanto, mesmo com alta, foi registrado o pior indicativo para o mês de setembro desde o início da série histórica de janeiro de 2010. Dentro da sexta retração da base comparativa, no mês de setembro de 2019, teve um recuo de 26,9%, indicando estar abaixo de 100 pontos do nível de satisfação, desde abril de 2015 segundo dados da CNC.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, logo após a flexibilização para reabertura das atividades comercias durante o período de pandemia, aos poucos a economia vem recuperando as suas forças graças ao consumo dos brasileiros. “As famílias têm se revelado mais satisfeitas diante das novas regras de abertura do comércio, mesmo que no momento atual ainda exija cautela”, afirmou Tadros.
Diante da margem de sete tópicos usado para calcular o ICF, somente cinco apresentaram uma alta significativa para o mês de agosto, ajudando a compor um índice positivo nesta comparação. Como no caso de emprego atual (0,3%); perspectiva profissional (5,9%); acesso ao crédito (0,8%); nível de consumo atual (1,6%); e momento para duráveis (3,2%). Porém, houve uma continuidade na queda em comparação a renda atual (-1,1%) e a perspectiva de consumo (-0,1%).
Já em comparação aos cálculos dos sete tópicos do ICF no mês de setembro de 2019, todos tiveram taxas negativas. No emprego atual (-26,5%); perspectiva profissional (-27,6%); renda atual (-29,8%); acesso ao crédito (-7,5%); nível de consumo atual (- 30,2%); momento para duráveis (-34,2%) e perspectiva de consumo (-33,8%), para setembro deste ano.
Fonte: Valor Investe
Luana Santos com Diário da Paraíba
