O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou na noite de terça-feira (3) um decreto para instaurar um novo toque de recolher em todo o país, em meio à segunda onda de Covid-19 na Europa.
A restrição será das 22h às 5h, começa na quinta-feira (5) e vai até 3 de dezembro.
A Itália é o 6º país com mais mortes (39,4 mil) e o 12º com mais casos (760 mil) no mundo atualmente, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
O país registrou um recorde de 31.756 novos infectados no sábado (31), mas o número de mortes continua bem abaixo das registradas na primeira onda, entre março e abril.
Foram 353 óbitos ontem, contra um pico de 919 registrados em 27 de março. O recorde de casos na época foi no dia 21 do mesmo mês: 6.557 infectados.
O anúncio ocorre dias após Alemanha, França e Reino Unido anunciarem lockdowns para frear a nova onda de contágio que se espalha pelo continente.
O decreto também prevê outras medidas, como bloqueios locais, que devem ser anunciadas nesta quarta-feira (4). Para isso, o país foi dividido em três áreas: zonas vermelhas, laranjas e verdes.
Nas zonas vermelhas, as pessoas só poderão sair para trabalhar, levar as crianças para a escola ou por motivos de saúde.
As restrições mais rígidas incluem a proibição de entrar e sair da região afetada por ao menos duas semanas e o fechamento de todas as lojas, exceto as de itens essenciais como alimentos.
Uma das áreas afetadas deverá ser a região da Lombardia, cuja capital financeira é Milão e já foi a mais atingida pela primeira onda da pandemia.
Diário da Paraíba com G1