O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, afirmou nesta quinta-feira (2) não descartar uma segunda onda de casos do novo coronavírus no país e defendeu a decisão do governo de impor restrições às pessoas que chegam de países fora da União Europeia (UE).
“A comunidade científica não descarta isso (uma segunda onda)”, disse Speranza, em entrevista à “RAI”. “Esperamos que isso não aconteça, mas, diante do risco, devemos manter as regras de precaução, ou seja, usar máscaras, evitar multidões e lavar as mãos”, afirmou.
Ele também pediu o “fortalecimento do serviço nacional de saúde” e, embora tenha assegurado que “nos últimos cinco meses foi investido mais dinheiro foi investido do que nos últimos anos”, o ministro afirmou ser “apenas o começo”.
Roberto Speranza defendeu a decisão do governo de adotar uma linha de precaução e manter quarentena para pessoas que chegam de países não pertencentes à UE, após a abertura de sua fronteira externa para 15 países.
“Esperamos ir além em algumas semanas, mas é preciso cautela por enquanto”, afirmou Speranza.
“Tivemos alguns meses difíceis. Não podemos remover as restrições. Seria um erro correr riscos que não podemos arcar. A comunidade científica concorda plenamente com a precaução”, acrescentou.
Na última terça-feira (1º), a Itália abriu suas fronteiras para cidadãos residentes em países fora do Espaço Schengen, embora com restrições.
Eles terão que manter duas semanas de quarentena e devem justificar sua viagem por motivos de trabalho, estudo, saúde ou necessidade, incluindo aqueles que vêm dos países aprovados pela UE.
Diário da Paraíba com R7