Já são 50 mortos em funeral de Soleimani e enterro é adiado
Um enorme tumulto deixou ao menos 50 mortos no meio da multidão que lotou as ruas da cidade natal do comandante militar iraniano assassinado durante o funeral nesta terça-feira (7). O caso acarretou no adiamento do enterro, informou a mídia estatal.
As ruas de Kerman, no sudeste do Irã, foram tomadas por dezenas de milhares de pessoas para homenagear o general Qassem Soleimani. Sua morte, durante um ataque de drone dos Estados Unidos no Iraque, na última sexta-feira (3), mergulhou a região em uma nova crise e provocou temores de um conflito mais amplo.
Uma autoridade iraniana de alto escalão disse que o Irã está estudando vários opções para vingar o assassinato. Outras figuras graduadas disseram que o Irã repetirá a escala da morte de Soleimani quando reagir, mas que escolherá a hora e o local.
“Hoje, por causa do grande congestionamento de pessoas, infelizmente vários de nossos compatriotas ficaram feridos e vários foram mortos”, disse Pirhossein Kolivand, chefe dos serviços de emergência, à televisão estatal.
O corpo de Soleimani, um herói nacional cuja morte uniu muitos iranianos, foi levado à diversas cidades do Irã antes de chegar em Kerman para o enterro.
Em cada lugar, um grande número de pessoas ocupou as vias públicas, bradando “morte à América” e chorando com emoção. O líder supremo, Ali Khamenei, chorou enquanto conduzia as orações em Teerã.
Soleimani, que comandava a Força Quds de elite, montou uma rede de forças apoiadas pelo Irã em todo o Oriente Médio. Ele foi uma figura central na orquestração da longa campanha iraniana para expulsar as forças dos EUA do Iraque.
O Irã, cujo litoral corre ao longo de uma rota de transporte de petróleo do Golfo Pérsico que inclui o Estreito de Ormuz, tem forças aliadas em todo o Oriente Médio por meio das quais pode agir. Representantes destes grupos, como o palestino Hamas e libanês Hezbollah, compareceram ao funeral em Teerã.
Diário da Paraíba com R7