Os investigadores tentam ouvir Jair Renan há quatro meses, mas sem sucesso. Ele já havia sido intimado em dezembro, por meio da sua defesa, mas não compareceu ao depoimento. Os advogados pediram adiamento. Depois disso, a PF enviou o inquérito ao Ministério Público Federal, que pediu prorrogação de prazo para a conclusão das diligências. Passados quatro meses, a investigação será retomada com o depoimento.
Documento do inquérito aponta que houve associação de Jair Renan com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”.
As suspeitas sobre Jair Renan Bolsonaro envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção e tem interesses junto ao governo federal presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil.
Um mês após a doação, em outubro do ano passado, representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, uma das empresas do conglomerado, se reuniu com Marinho. Segundo o ministério, o encontro, que também teve a participação de Jair Renan, foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência.
O Globo