Juíza dá “ordem de despejo” para Defensoria Pública em Araruna

Centenas de pessoas carentes assistidas mensalmente pela Defensoria Pública do Estado (DPE-PB) na Comarca de Araruna – que também inclui a população de Riachão e Tacima – poderão ficar a partir desta semana sem atendimento e  assistência judiciária gratuita prestada pela instituição.

“Na última quarta-feira (2), a juíza-diretora do Fórum, Cláudia de Farias Queiroz, nos comunicou oralmente, através da gerente Claudineia, que teríamos de desocupar ‘o mais rápido’ possível a sala cedida à DPE-PB”, afirmou, perplexa, a defensora pública que atua na Comarca, Valéria Fonsêca.

Ela externou sua preocupação com as consequências da medida, pois, devido às limitações orçamentárias que a Defensoria enfrenta e ao seu imediatismo, os maiores prejudicados serão justamente as pessoas pobres  na forma de lei, que não podem pagar a um advogado particular.

Esse prejuízo pode ser dimensionado pela crescente demanda diária que teve de ser limitada a até 20 atendimentos dos mais variados deles, os mais comuns nas áreas penal e de família, como investigação de paternidade, adoção e divórcio. Até o fechamento dessa matéria, a Defensoria Pública da Paraíba não havia sido formalmente informada da referida decisão.

Diário da Paraíba com Assim-DPE-PB