LARANJA – PF garante encaminhar ao MPE inquérito bem investigado sobre denúncias contra Diretório Municipal Republicano

O delegado federal Raone Iaucana Ferreira de Aguia, chefe do Setor de Inteligência Policial da PF-PB, que responde interinamente pelo Setor de Comunicação da Polícia Federal, disse na manhã desta quinta-feira (13) que a instituição “tem todo interesse em bem instruir e o mais rápido possível os feitos eleitorais”, do Inquérito Federal que apura uma suposta candidatura “laranja” por parte do Partido Republicano, nas eleições municipais de 2020, em João Pessoa.

O Inquérito Policial Federal está sob a responsabilidade do delegado Gustavo Alexandre Alencar Barros, chefe da Delegacia de Defesa Social e Institucional e foi aberto depois de solicitação do Ministério Público Federal, da 1ª Zona Eleitoral de João Pessoa, que tem à frente a promotora Jovana Tabosa.

“Não é possível, neste momento, precisar quando a investigação será entendida como acabada e encaminhada pra avaliação do Ministério Público e Justiça eleitorais”, disse Raone Iaucana ao ser questionado em relação à conclusão do inquérito que, desde o segundo semestre do ano passado está na Polícia Federal para investigações.

O Inquérito tenta descobrir o paradeiro da então candidata a vereadora pela cidade de João Pessoa, Marlene Garla, do Partido Republicano. Nas eleições municipais de 2020, ela teve “zero voto”, além de ter usfufruído de recursos do Fundo Partidário, conforme denúncia apresentada pelo Diretório Municipal do Solidariedade.

A abertura de Inquérito Policial Federal aconteceu depois das sucessivas tentativas da promotora eleitoral Jovana Tabosa ouvir, sem êxito, a acusada e dirigentes do Partido Republicano. Uma série de questionamentos foi encaminhada pela promotora para a Polícia Federal indagar Marlene Garla e o Diretório Municipal do Republicano.

“Todo inquérito, via de regra, começa com prazo de 30 dias para conclusão, todavia, esgotado este prazo, pede-se novo prazo para continuidade das investigações tantas vezes sejam necessárias, logo, não dá para dizer quando o inquérito terá que ser encerrado obrigatoriamente em razão de prazo”, justiticou Raone Iaucana, da Comunicação Social da PF.

Na denúncia feita ao Ministério Público Eleitoral, o Diretório Municipal do Solidariedade informa que a suposta candidatura “laranja” de Marlene Garla, além de infringir o Código Eleitoral, beneficiou o vereador eleito Bispo Zé Luiz. No Brasil e, na Paraíba não é diferente, as candidaturas “laranjas” tem levado a perda de mandato de vereadores e até deputados. Se a denúncia formulada ficar concretizada, o vereador eleito pelo Republicano poderá ser cassado, assim como demais vereadores eleitos da coligação.

Blog do Marcos Lima