O candidato à Presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), disse que vai buscar o apoio da oposição para a disputa do segundo turno contra o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Ele discursou durante uma reunião de coordenação da campanha em São Paulo, que tinha a presença de figuras como Glesi Hoffmann (PT), Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (Rede), Randolfe Rodrigues (Rede), Geraldo Alckmin (PSB) e outras.
O ex-presidente destacou a eleição de ontem (2) como uma vitória, apesar da grande quantidade de votos de seu adversário que não estava previsto nas principais pesquisas de intenção de voto. Mas reforçou que, para vencer o segundo turno, precisa de um apoio ainda maior, algo que vai buscar até o próximo dia 30, data do pleito eleitoral.
“Agora, nós vamos conversar todas as forças políticas que têm voto, representatividade e significância política para esse país, para que a gente consiga somar num bloco os democratas contra os que não são democratas” revelou. “Neste instante, nós temos consciência de que 60% do povo brasileiro rejeitou esse Governo”, completou.
“A partir de amanhã é menos conversa com nós e conversa com eleitor. A gente não precisa conversar com quem a gente já conhece, com quem a gente sabe que já votou na gente ou com quem a gente sabe que vai votar. Nós precisamos conversar com aqueles que parecem não gostar da gente, que parecem não votar na gente, que parecem não gostar dos nossos partidos. É com esse que vamos conversar”, reforçou.
Para isso, Lula quer o apoio dos deputados federais e estaduais eleitos para a campanha de segundo turno, pois ele declarou que pretende “rodar o Brasil” novamente. Além disso, destacou que a missão é eleger o presidente da República e os governadores nos estados, onde ele usou como exemplo a situação de São Paulo, que tem Tarcísio (Republicanos) à frente de Fernando Haddad (PT).
“Se for necessário conversar com os adversários do Haddad aqui em São Paulo, não se preocupe que eu converso também “, disse. “Se for preciso conversar com os candidatos do Rio Grande do Sul, estou totalmente disposto a conversar. E com outros candidatos espalhados pelo país. Nós temos estados que temos dois candidatos possivelmente nos apoiando. Nesses a gente tem que tomar cuidado, porque a gente vai se meter num lugar que a gente não deve se mexer”, completou.
Diário da Paraíba com MaisPB