Uma criança de três meses teria sido vendida pela própria mãe, durante uma bebedeira, no bairro Parque Brasil, zona norte de Teresina, na última quinta-feira(16). A mãe seria usuária de drogas e estaria em um bar com a criança, quando foi abordada por um casal, ainda não identificado.
As informações foram repassadas por policiais do 22º Distrito Policial, que receberam a denúncia, feita pelos irmãos da vítima, ainda na sexta-feira(17).
“Na sexta, dois irmãos maiores da bebezinha vieram aqui no distrito informar que havia ocorrido isso. Eles disseram que a mãe é usuária de drogas e estava nesse bar com a filha de três meses e que esse casal chegou oferecendo R$ 10 para ficar com a menina e ela vendeu”, contou o agente que estava de plantão.
Quando os irmãos souberam do caso, tentaram entrar em contato com o casal, que tinha repassado um telefone errado e não conseguiram, por isso resolveram procurar a polícia.
O titular do 22º DP, delegado José Erisvaldo, encaminhou o filho de 20 anos até a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), por isso não há registro dos nomes dos envolvidos.
Os policiais do 22º Distrito policial localizaram a mãe suspeita de ter vendido a própria filha, o casal que teria comprado a criança e o bebê na manhã desta segunda-feira (20). A mãe da criança, Ellen Solange Alves dos Santos, de 37 anos, era procurada desde o último sexta (17), quando foi denunciada pelos próprios filhos. A criança foi entregue à polícia.
A criança e o casal que a teria comprado foram localizados no bairro Pedra Mole, Zona Leste de Teresina. Informalmente, os dois afirmaram que não deram dinheiro à mãe do bebê, e que teriam levado a criança por conta do estado da mãe, que estaria sob efeito de entorpecentes.
Em depoimento à polícia, a mãe do bebê negou que teria vendido a filha. “Ela disse que estava alcoolizada ou drogada, e não lembra como foi que cedeu essa criança para alguém”, relatou o delegado José Erisvaldo.
A mãe foi localizada pelos policiais do 22º DP e levada para prestar depoimento na delegacia, junto com os dois filhos maiores de idade que fizeram a denúncia. A mulher tem sete filhos, e já responde por um processo por abandono de incapaz.
“Não interessa se ela vendeu ou deu e eles [o casal que levou o bebê] não vão ficar com essa criança. Até porque a forma de se adotar uma criança não é essa”, disse o delegado José Erisvaldo.
O caso será encaminhada para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e o delegado Antônio Barbosa deve continuar a investigação.
Diário da Paraíba com G1