Uma menina ianomâmi, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros em uma comunidade na região de Waikás, na Terra Indígena Yanomami. Em um vídeo divulgado na segunda-feira (25), o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, afirmou que nesta terça-feira (26) o corpo da menina deve ser encaminhado ao o Instituto Médico Legal (IML), em Boa Vista (RR).
Além da morte da menina, uma outra criança ianomâmi desapareceu após cair no rio Uraricoera. Conforme Hekurari, a menina de 12 anos estava sozinha na comunidade quando os garimpeiros chegaram e a levaram para as barracas deles.
“A tia dela defendeu [a sobrinha]. Quando estava defendendo, os garimpeiros empurram ela em direção ao rio junto com a outra criança. Essa criança se soltou no meio do rio, acho que estava em um barco. Eles invadiram e levaram [a menina] para o barraco dos garimpeiros e a violentaram brutalmente, estupraram essa adolescente. Moradores de lá me disseram que ela morreu. Então, é muito triste, muito triste mesmo”, disse ao G1.
O crime aconteceu na comunidade Aracaçá. Segundo Hekurari, a Polícia Federal e o Exército foram informados do crime. Em nota ao G1, o MPF informou que “busca junto às instituições competentes a apuração do caso e acredita que situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima”.
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