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Mercado financeiro prevê queda de 5,05% na economia em 2020

Para 2021, o mercado manteve a previsão do Produto Interno Bruto, de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,11% para queda de 5,05%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,46%.

Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto, de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 6,90% para queda de 6,30%. Há um mês, estava em declínio de 7,68%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 5,50% para 5,01%, ante 5,42% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,50% para 67,25%. Há um mês, estava em 67,00%. Para 2021, a expectativa foi de 69,95% para 69,90%, ante 69,65% de um mês atrás.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 12,00%. No caso de 2021, permaneceu em 2,80%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,63% e 2,67%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 seguiu em 15,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, permaneceu em 6,50%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,00% e 6,20%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 55,15 bilhões para US$ 55,30 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 53,40 bilhões para US$ 52,75 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,31 bilhões.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 7,50 bilhões para US$ 6,81 bilhões, ante US$ 6,96 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 15,10 bilhões para US$ 15,21 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,30 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 55,00 bilhões para US$ 53,76 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 66,48 bilhões para US$ 67,00 bilhões, ante US$ 65,48 bilhões de um mês antes.

Selic

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O relatório diz que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.

Já a projeção para a Selic no fim de 2021 seguiu em 2,50% ao ano ante 3,00% de quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, igual a um mês antes. Para 2023, foi de 5,50% para 5,63%, ante 6,00% de quatro semanas atrás.

Na semana passada, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central informou que “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado”, mas “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.

Em função disso, conforme o BC, “eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”.

No grupo dos analistas que mais acertam as projeções de médio prazo no Focus (Top 5), a mediana da taxa básica em 2020 seguiu em 2,00% ao ano, ante 1,88% de um mês antes. No caso de 2021, permaneceu em 2,00% ao ano, igual a quatro semanas atrás.

A projeção para o fim de 2022 no Top 5 permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava em 4,50%. No caso de 2023, seguiu em 5%, ante 5,75% de quatro semanas antes.

 

Diário da Paraíba com R7

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