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Ministro de Bolsonaro tem quebra de sigilos bancário e fiscal por enriquecimento ilícito

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) acatou um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e permitiu a quebra de sigilos bancário e fiscal do ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (sem partido), Ricardo Salles (na foto). Ele é investigado por suposto enriquecimento ilícito durante atuação como servidor do governo de São Paulo.

A decisão foi da 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, que acolheu por maioria o pedido do MPSP. O julgamento começou há mais de um mês, em 14 de outubro, mas foi interrompido após pedido de vista de um dos desembargadores. A solicitação do MP foi rejeitada em primeira instância.

Os procuradores responsáveis pelo caso usam a declaração de patrimônio entregue por Salles à Justiça Eleitoral como base da denúncia. Segundo o MP, houve um aumento de 608% entre 2012 e 2018. O patrimônio saltou de R$ 1,4 milhão para R$ 8,8 milhões. Salles diz que as alegações são “absurdas”.

Improbidade

“Há indícios consistentes da prática, em tese, de atos de improbidade administrativa previstos nos artigos 9 a 11 da Lei 8.429/92, que autorizam a quebra do sigilo bancário e fiscal do agravado para aferir as efetivas e reais movimentações financeiras, bem como a evolução patrimonial, de forma a instruir a investigação instaurada”, afirma o Ministério Público.

O ministro atuou como secretário particular do governador Geraldo Alckmin (PSDB) entre 2013 a 2014 e secretário do Meio Ambiente de São Paulo entre 2016 a 2017.

Diário da Paraíba com Revista Forum

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