O ministro Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, levará ao presidente Jair Bolsonaro e à Sudene o projeto de criação da Zona Franca do Semiárido Nordestino. A proposta da criação da área de livre comércio foi apresentada ao congresso nacional desde 2008 pela União Brasileira de Municípios (UBAM), e transformada, três anos depois, na PEC 19/2011, pelo então deputado Wilson Filho (PTB-PB).
Gustavo Canuto, após receber o texto da proposta numa audiência com o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), relator da comissão especial para o tema, elogiou a proposta e garantiu o importante apoio do governo.
A proposta original estabelece como área de livre comércio os municípios situados em um raio de 100 quilômetros a partir da sede, a ser estabelecida em Cajazeiras (PB) e Soledade (PB), com mais oito polos industrias em área economicamente carente, com o objetivo de interiorizar o desenvolvimento, no interior dos Estados de Alagoas, Ceará, Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e Minas Gerais, no chamado Polígono das Secas, que tem a assistência da Sudene.
A PEC já foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e na Comissão Especial formada para analisar a matéria, aguardando apenas votação em plenário.
Segundo o autor da proposta, Leonardo Santana, presidente nacional da UBAM, a política a ser adotada pelo novo Governo no Nordeste será um grande marco de união democrática, já que região tem maior dependência da União e governadores de oposição. A sinalização é de composição de um grupo interministerial para debater a região.
Leonardo acredita na grande união das forças políticas em busca da recuperação econômica do país, depois dos efeitos da pandemia que, com certeza, afirmou ele, desencadeará numa grande retração econômica, cujos efeitos já podem ser vistos, se fazendo necessário projetos como o da Zona Franca do Semiárido, vetor de reorganização da economia e geração de novos postos de trabalho, emprego e renda.
Revista Focus