O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido do empresário Luciano Hang, nesta quarta-feira (14), para que a investigação contra empresários bolsonaristas fosse para a Justiça Federal. Para o também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a mudança de instância seria prematuro, pois a Polícia Federal ainda analisa as provas.
Mas para os advogados dos empresários, o caso não é de competência do Supremo, o qual deveria ser encaminhado para a Justiça Federal. Eles alegam que não envolve pessoas com prerrogativa de foro na Corte e não há elementos que liguem o grupo de empresários a ação de uma milícia digital.
No último mês de agosto, a Polícia Federal (PF) realizou uma ação contra um grupo de WhatsApp de empresários bolsonaristas que defendiam um Golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vencesse o pleito eleitoral em outubro. De acordo com Moraes, o fato de os participantes do grupo terem uma condição socioeconômica dão força ao discurso proferido por eles.
Com isso, a PF realizou operações de busca e apreensão em oito empresários, no âmbito do inquérito de milícias digitais. Além disso, o ministro do STF determinou a quebra de sigilo bancário e oitiva dos empresários e bloqueou as contas das redes sociais de cada um.
Confira os empresários investigados pela Polícia Federal:
- Afrânio Barreira Filho, do grupo Coco Bambu
- Ivan Wrobel, proprietário da construtora W3
- José Isaac Peres, sócio-fundador da Multiplan
- José Koury, proprietário do Barra World Shopping
- Luciano Hang, das lojas Havan
- Luiz André Tissot, do grupo Sierra
- Marco Aurélio Raymundo (Morongo), das lojas Mormaii
- Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa
Diário da Paraíba com MaisPB