José Enoch Ramos sempre teve o sonho de dançar. Ainda criança, na década de 1930, na pequena cidade de Rio Tinto (PB), esse sonho era maturado. Filho de militar, encontrou resistência em casa para concretizar esse sonho, mas jamais desistiu. Nasceu predestinado a brilhar nos palcos.
José Enoch, 88 anos, morreu na manhã desta terça-feira (27), após travar uma luta contra um câncer. Ele estava internado no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa. É uma grande perda para a cultura paraibana. A família ainda não definiu onde será o velório e o sepultamento do corpo de Enoch.
Por muitas décadas, Enoch foi a maior referência de escola de balé na Paraíba. Teve formação no Balé Clássic – Teatro Municipal do Rio de Janeiro e American Ballet Graham, Estados Unidos. Bailou em diversas partes do mundo. Voltou ao seu estado e construiu uma história sólida como professor de dança. Formou gerações de bailarinos e bailarinas.
Orgulhava-se em contar que foi o primeiro bailarino brasileiro a se apresentar no Teatro Royal, em Nova Iorque, e na Rádio City Music Hall. Enoch integrou o quadro da companhia brasiliana – ballet hispano-brasileiro, no Rio de Janeiro, e participou do corpo de balé da TV Globo durante quatro anos.
Diário da Paraíba com Portal T5 (Jãmarri Nogueira)
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